NADA MUDOU, by RC

Nada mudou, não evoluímos. As mesmas limitações se repetem rodada a rodada e a gente vai vendo ficar mais longe o sonho da conquista do acesso. Cinco derrotas e três vitórias, não é um início promissor.

A vitória da Ponte foi justa pelo que apresentou em campo. Um time forte e consciente de sua força. Jogadores que, independentemente do fato de estarem jogando na casa do adversário. partiram pra cima, cada qual cumprindo sua função. 

No exato momento em que conseguiram a vantagem no marcador, começaram utilizar o expediente da cera, até de forma abusiva, com a complacência do árbitro, conseguindo com isso não só abreviar o tempo de jogo efetivamente jogado, como também irritar, desconcentrar o já pouco concentrado adversário.

O Avaí é muito correto; suporta, mas não faz uso desses artificialismos. Também não se vê no Avaí uma jogada bem ensaiada de bola parada, Marquinhos Santos ainda jogava quando vimos as últimas. Aliás, por que Marquinhos não vai lá sugerir, ensaiar junto? 

Coisas que incomodam: Valdívia bateu um escanteio fechado, o vento conduziu a bola para a linha de fundo. Cinco minutos depois bateu outro, do mesmo modo, com o mesmo resultado. 

O atacante Avaiano Kelvin, que fez um primeiro tempo com boa desenvoltura, conseguindo vencer com dribles a marcação de seus adversários foi seguidamente parado com faltas, sem a mínima advertência. Por outro lado, por conta de um carrinho na bola, Gean foi contemplado com o cartão amarelo.

Um detalhe que Geninho parece ter demorado a ver, foi a exploração da lateral esquerda do Avaí onde o treinador da Ponte forçou seu jogo sobre o inexperiente Leonan, que não conseguia conter as investidas por seu setor. Por ali caía também o veloz Apodi. Por ali a bola chegou a nossa área, no lance do pênalti.

No jogo contra a Chape o Abatti não viu(?) um empurrão violento sobre Pedro Castro dentro da área. Contra nós enxergam tudo e mais um pouco.

 * Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: André Palma Ribeiro/Avaí FC