O GRUPO DEU UMA RESPOSTA, by RC
Confesso que por alguns momentos do primeiro tempo a impressão era de estar assistindo a um jogo da Premier League, tal a velocidade empregada pelas duas equipes. Temi o cansaço do Avaí no segundo tempo, mas a nova regra de cinco substituições tem ajudado as equipes nesse aspecto.
Como explicar, de parte do Avaí, esse ressurgimento? Essa força que andava sumida? O time começou a encaixar? Geninho está conhecendo melhor o grupo e está finalmente sabendo onde cada um pode render mais? Ou o treinador adversário subdimensionou o poder do Avaí em razão das pífias apresentações anteriores e veio com tudo visando liquidar o jogo no primeiro tempo, e por isso jogou aberto e foi surpreendido? Pra mim, todos esses quesitos compõem a explicação. A condição do Operário, de invicto e ocupante do quarteto superior da tabela induziu seu treinador ao equívoco, mas o Avaí não era o bichinho doméstico que imaginara.
É bem verdade que a pressão inicial do Operário foi intensa e preocupou não só a torcida como também a equipe técnica. Tivessem marcado primeiro talvez estivéssemos amargando um mau resultado.
Assim, o jogo teve dois tempos distintos, no primeiro as duas equipes jogando abertas e por isso brindando os apreciadores com um futebol de intensas emoções. O primeiro gol do Avaí, a 13 minutos, nasceu de lance confuso, de saída de bola da defesa do Operário, do que se aproveitou Pedro Castro para chutar, posicionado praticamente debaixo da trave. A 38, aproveitando um lançamento perfeito da intermediária, do lateral Arnaldo, Daniel
Amorim, mostrando sua vocação de artilheiro, antecipou-se ao zagueiro que o acossava e, numa cabeçada firme e indefensável, alcançou o canto baixo esquerdo da meta paranaense. O goleiro voou em direção à bola, mas caiu junto a ela já no fundo das redes.
No segundo tempo o Operário distribuiu melhor seus homens em campo, retirando os espaços que cedera ao Avaí. Com isso dificultou as coisas para o Leão, inclusive colocando uma bola na trave direita do bom goleiro Frigeri. Entretanto, o Leão soube resistir adotando um sistema mais cauteloso, e assim garantiu a vantagem de dois a zero e os importantes três pontos na tabela.
Resumindo, O goleiro Frigeri manteve sua boa fase, Arnaldo tem tido altos e baixos, foi perfeito no lançamento para o gol de Daniel Amorim. Rafael Pereira fez sua melhor partida, Betão fez valer sua experiência, Capa com altos e baixos. Jean, Pedro Castro e Ralf fizeram um perfeito meio campo. Valdívia tem mostrado atitudes esquisitas, deu um chute para o alto que mais pareceu um ato de protesto, ou descontentamento. Parece desmotivado. Rômulo muito combativo, tem condições de render mais. Daniel Amorim jogou nas duas áreas, voltava para marcar o gigante cabeceador do Operário nas bolas paradas, no momento seguinte estava combatendo no meio e quando a chance surgiu dentro da área, guardou. No jogo anterior, também de cabeça, botou uma na
trave. Há tempos venho chamando a atenção para este jogador. Parece que enfim começaram a enxergar. O Grupo deu uma resposta.
Valdívia talvez precise ser ouvido.
Um papo junto ao treinador às vezes opera milagres. - RC
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