domingo, 13 de setembro de 2020

SAGA FÚNEBRE, by Lugo

Boa tarde,

No repertório de indagações da sociedade está a de quê "se ela apanha, por que continua com ele".

Só mesmo por paixão.

A pandemia está servindo, se não para responder, mas para abrir os olhos. Assistir jogo pela televisão, sem a empolgação do estadio, está servindo para nos fazer ver que ir ao estádio para além da festa, tem sido jogar dinheiro fora.

Em termos de futebol o Avaí nada evoluiu, somente involuiu, depois da permanência em 2009.

Os acessos e campeonatos catarinense conquistados foram muito mais pela inexigência dos adversários do que pelo futebol que apresentamos, razão pela qual vivemos na montanha russa do campeonato brasileiro.

Tudo isso por conta da filosofia adotada. Lembro de uma entrevista do Vanderlei Luxemburgo, em 2009, em que ele falava que se um clube quer ser grande, se uma equipe quer ser campeã, tem que ousar.

O Avaí, naquele ano, conquistou a permanência, mas não ousou. No ano seguinte desmontou a equipe e foi rebaixado, começando uma série de insucessos em cascata. Deu preferência a incautos, se apegou a amores eternos, não se profissionalizou.
Continua repetindo comportamentos de amadores. Elevou boleiros ao staff de CEO e montou equipes de ex-jogadores ou de apadrinhados.

Uma coisa é administrar com austeridade, outra coisa é não saber para onde quer ir. O Avaí esta sem rumo, sem perspectiva, sem aspiração. Seu quadro da diretoria de futebol, gestores e técnico, vivem do passado. O técnico o mercado que tem é de equipes desesperadas, que vêem nele o futebol de resultado, capaz de evitar um rebaixamento, nunca ser campeão.

Os demais diretores são ex-jogadores que continuam boleiros, ainda não perderam o caguete e não sabem o lugar que ocupam. Lugar que exige mais do que ter batido uma bolinha. Entender que jogador é jogador e dirigente é outra coisa não acontece sem uma boa dose de preparação. O couro, antes de virar bolsa, precisa ser curtido. Diversos são os jogadores que tentaram a vida de dirigente esportivo, mas esbarraram na barreira das 4 linhas, que nunca abandonaram, cito o exemplo de Balduíno e Joceli, por conhecer, mas agora vemos Marquinhos, seguindo a mesma trilha. Falando o que não deve, quando não deve, pra quem não deve, exemplo claro do despreparo técnico, pessoal, psicológico.
Infelizmente não há qualquer vento soprando. A Diretoria parece anestesiada, a torcida, afastada do seu espaço não consegue ecoar sua insatisfação. Nessa toada seguimos o roteiro do dramalhão que se arrasta há 10 anos. Uma saga fúnebre, que insistem em perseguir.

* Luiz "Lugo" Cordeiro é associado do Avaí

5 Comentários:

Sérgio Bayestorff disse...

Em 2009 tínhamos diretor de futebol que deu um soco na mesa e mandou o Silas mudar o esquema tático.

MIRO disse...

Só tem um jeito do Avaí melhorar
E colocar um bafômetro antes dos treinos.
Acusou positivo nem deixa entrar em
Campo para treinar.

MIRO disse...

Só tem um jeito do Avaí melhorar
E colocar um bafômetro antes dos treinos.
Acusou positivo nem deixa entrar em
Campo para treinar.

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