sábado, 28 de novembro de 2020

DECEPCIONANTE, by RC

O Cuiabá em crise, quatro jogos sem vencer e sem fazer gol. O Avaí em crescimento. Esse crescimento que a gente conhece, ganhando sem convencer, a fada madrinha ajeitando as coisas, mas crescimento. Então fomos lá e acabamos com a crise deles. Entregamos dois gols, com que eles completaram seis pontos em cima de nós, competidores diretos.


Meu Deus, que primeiro tempo horroroso. A frequência com que se erra passes, a placidez com que se perde a bola. Fim de novembro e não temos um time. Nem me preocupei de saber quem foi, mas alguém bateu uma falta pela meia-esquerda e conseguiu fazer a bola cruzar alta sobre todo o amontoado de jogadores dentro da área, para sair no outro lado pela lateral. A bola parada é coisa preciosa, minha gente. Outro bateu falta pela meia direita, querendo erguer a bola sobre a área, mas sequer ajeitou o corpo de forma adequada para o chute, para a cavada que ergue a bola. Meteu o pé sem convicção alguma, como quemchuta um balaio vazio. Claro, a bola foi rasante, de encontro ao corpo de um adversário.


Precisamos saber o que é que o Avaí quer com esse Ronaldo. É um acinte, um deboche ao torcedor. Um único lance em que poderia ter feito algo de positivo, um contra-ataque promissor pelo meio da área, correu cego, desligado, feito um guri de pelada e recebeu a bola em impedimento. Apareceu muito foi depois de encerrado o jogo, teve que ser contido, queria a todo custo bater em alguém. Jonathan não é o bicho, mas botar Ronaldo pra jogar e deixar Jonathan no banco é crime de lesa pátria. Como explicar que um jogador  que sequer aparece dentro de campo é escalado para o próximo? Airton, depois que foi elogiado pela participação no jogo contra o Botafogo SP, quando fez o gol de cabeça e da vitória, parece que ficou alegre e andou esquentando a cabeça no jogo de ontem.


Gledson, a gente vem elogiando, mas parece que é na base de uma no cravo, outra na ferradura. Espalmou para o miolo da área e presenteou a bola ao artilheiro do Cuiabá, no primeiro gol, mas houve displicência na marcação. No segundo, funcionou o esquema de marcar com o olho, gente dentro da área sem marcar ninguém e o artilheiro adversário livre, leve e solto, para receber, dominar, ajeitar e fuzilar. Isto a cinquenta do segundo tempo, uma ducha fria. O empate não era tão desprezível, evitava pelo menos o distanciamento de um concorrente direto ao acesso. Decepcionante.


 * Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: André Palma Ribeiro/Avaí FC

2 Comentários:

Roberto disse...

A jogada do segundo gol do Cuiabá foi réplica de uma outra, cuja bola passou rente ao poste. Os melhores momentos do jogo mostram.
Os jogadores do Avaí têm um cacoete que precisa ser corrigido, marcam a bola, não marcam o adversário. Pra onde vai a bola correm três, por isso não marcam ninguém, por isso cansam, porque ninguém corre mais que a bola.
Que alguém da equipe técnica ponha-se a onservar, RC

Valter disse...

R.C. sempre muito atento. Todos nós torcedores do Avaí enxergamos o problema de longe. Enquanto isto, uma Comissão técnica completa, parece-me ignorar tudo isto.
Um verdadeiro deboche com o torcedor avaiano.

Valter Martins Ricardo - Os Teimosos de Garopaba.

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