RIVAL PERDE EM CAMPINAS E PERMANECE NA ZONA, by RC

Assisti ao jogo da Ponte Preta com o Figueirense. É uma situação peculiar assistir a um jogo desses, haja vista que a vitória do rival interessava ao Avaí, que tem na Ponte um possível concorrente nas aspirações de acesso. Peculiar porque a razão fica a querer a derrota da Ponte, contra um coração indefinido, custando a se conformar com a ideia de vitória da camisa código de barras. A gente torce na condição de "meio barro, meio tijolo", expressão usada e abusada pelo pequeno polegar da mídia.

Então achei que um empate já seria de bom tamanho, um pequeno alento para o Rival, e a Ponte não se distanciando demais na tabela de classificação.

Desde o início do jogo ficou patente que o time do Estreito jogaria recuado, na expectativa de obter um, quem sabe dois gols de contra-ataque. E o sonho do rival começou a tomar forma. A 35 minutos uma bola lançada sobre a área da Ponte não foi devidamente afastada, sobrando à frente de Everton Santos, que bateu de primeira. Um desvio na perna de um defensor da Ponte tirou qualquer chance de defesa do goleiro, com a bola indo morrer dentro da rede do time paulista. 

A Ponte, que vinha de duas derrotas, sentiu o golpe e passou a jogar de forma mais afoita, não conseguindo vencer a barreira amada pelo treinador Alano. Assim o jogo permaneceu em seu primeiro tempo, com a vitória parcial do Figueirense. Do lado de fora do Estádio  torcedores da Ponte iniciavam protestos, ante a expectativa de mais uma derrota.

No segundo tempo a ponte recuou Apodi, que vinha jogando na ponta direita, para sua posição de fato, lateral, e fez entrar no time o jogador Camilo. As mudanças deram mais mobilidade ao time, Camilo encaixou bem e a Ponte começou a mandar no jogo, mas só a 71 minutos conseguiu o gol de empate, numa jogada pela direita, onde Guilherme Pato foi lançado em profundidade dentro da área, dominou e bateu forte na canto, a bola tocou o 

poste direito da meta antes de entrar.

Animados com o empate os jogadores da Ponte partiram pra cima, e cinco minutos depois, aos 76, conseguiram o gol da vitória, de autoria de Apodi, aproveitando falha do goleiro Cidão, que deu rebote numa bola defensável. Com o resultado o Furacão permanece na zona do descenso. Detalhe, ainda no primeiro tempo o árbitro não viu pênalti claro em favor da Ponte.

 * Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: Ponte Press/Álvaro Jr.