terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A HORA E A VEZ DE BATTISTOTTI, by RC

O jogo acabou neste momento, começo a escrever. Geninho vai entregar. Isso foi cantado. Irresponsabilidade de Geninho. Devia ter entregue o cargo no primeiro turno. Não tinha soluções na cartola, não tinha nem mais cartola. Foi falado, a torcida pedia.


Battistotti não soube cortar o mal, a amizade pode ser grande, mas o profissionalismo tinha de predominar.


Nada que uma boa conversa não resolvesse. Não era mal de uma semana, era algo em crescimento,  que se alongava no tempo e viu-se agora que não ia se acabar.


Não podiam fazer isso com o Clube, não podiam ignorar o apelo da torcida, sempre a razão da existência do Clube. A torcida sofrendo, todo jogo uma atuação ridícula. Faltou hombridade ao Geninho, priorizou sei lá o quê? A única prioridade era o Clube, suas metas. O limite era o final do primeiro turno, e já era tempo demais, não deu jeito até ali, tinha de entregar. Amizade com Batisttotti? Se era por amizade tinha de ter entregue o cargo bem mais cedo. Reconhecer em tempo hábil que não dava jeito. Amigo da onça.


Ouço parte da entrevista pós jogo, do Geninho. Ele entrega a responsabilidade da sua saída à diretoria do Avaí, diz que veio pra fazer o melhor. Não desconfia, é do tipo que não desconfia. A maneira como se explicou sobre o jogo, é como se a responsabilidade fosse só dos jogadores, ele fala como se estivesse fora do contexto. 


A amizade entre Battistotti e Geninho vai seguir preponderando sobre os interesses do Clube? Espero que não. Esperemos os próximos capítulos. A hora e a vez de Battistotti.


* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: Leandro Boeira/Avaí FC

4 Comentários:

Roberto disse...

ANDRÉ, obséquio retirar o "é" do título, pra corrigirmos um erro de concordância que me escapou.- Grato. RC

Gol de bicicleta disse...

O futebol é a simulação de uma batalha. O campeonato é a guerra... Quem assiste o futebol americano (aquele que é jogado com uma bola bicuda) percebe claramente esta noção. Para ganhar é preciso defender e atacar. Sem um bom ataque, não existe defesa que resista e o adversário ganha território, avança e faz “gols”.
No nosso futebol (o da bola redonda – pelo menos para alguns!) a lógica é a mesma. É preciso defender (é claro), mas é necessário atacar sempre para conquistar território e fazer gols. Não adianta encher de zagueiros e cabeças de área, não ter ninguém que faça a ligação entre a defesa e o ataque. Não resolve pedir para o zagueiro fazer lançamento de 50 metros... vai errar (é quase certo!).
O caminho que o treinador adota para vencer (a sua estratégia!) tem que partir de um princípio: Perder é o pior resultado, empatar é o segundo pior resultado...só resta vencer. Outro resultado é inaceitável. Se isso não estiver marcado na cabeça e no coração do time, os piores resultados vencem sempre. O adversário sempre levará nossos pontos. Gols sofridos, batalhas perdidas, fracasso na guerra.
O Avai, faz tempo, tem problemas de estratégia. Nossos treinadores (os vários) não conseguem adotar estratégias vencedoras, baseadas no ataque, no fazer gols. Não sei se a culpa é de quem contrata o treinador ou se já incorporamos esta identidade de time retranqueiro. Ganhar de nós é fácil: basta montar um esquema “pega ratão”. Isso faz tempo. Pense um pouco, qual foi a última vez que ganhamos de 3 a zero, 4 a zero...? O time é lento, sonolento, ineficiente e ineficaz.
Em relação ao plantel atual (os “guerreiros avaianos”), temos problemas individuais (falta de qualidade), mas temos sobretudo problemas coletivos não temos uma equipe. Para isso precisaríamos de articulação em sinergia entre a peças. Não temos! Faz tempo.
Sobre o jogo de ontem, contra o lanterna do campeonato. 3 x 0, para eles. Bahhh!
Três gols pelo lado do Alemão (que não é lateral).
O goleiro falha todo jogo. Põe um jovem das categorias de base que é melhor.
O time: 01 goleiro, 4 zagueiros, 3 cabeças de área que só rebatem a bola. Bate e volta.
Dois “Pontas” que não atacam nem defendem.
Um centroavante, que vai “morrer de fome” e de tanta trombada. Não chega uma bola boa para ele.
Hoje, um profissional em alta é o estatístico do clube. O cara anota tudo. Dá para fazer um jogo pelo menos mais eficiente. Agora me diga: Quantos gols fizemos de escanteio batido direto, quantos cruzamentos viraram assistência e gol, e aquelas faltas jogadas para a área, com vinte jogadores no risco da área, para o que serve? Quantas jogadas ensaiadas viraram gols...? REPETIÇÃO INUTIL QUE NÃO LEVA A LUGAR NENHUM. Só gera contra-ataque.
E, o pior de tudo. Apenas um time defendendo, correndo corretamente e buscando o gol: o Oeste. O outro assistia, sem saber o que fazer.
È preciso mudar o paradigma: a ordem é vencer, atacar e defender pensando em marcar gols. Se perder jogando bem a gente perdoa, se perder de 5 a 4 agente aplaude... Como diz nosso hino: Pois a ordem é vitória. Vencer, vencer.

Roberto disse...


Gol de Bicicleta, assino embaixo. Alguém tem que PENSAR o futebol do Avaí, estabelecer prioridades. Geninho não está conseguindo levar o time a seus objetivos? Tem que dar o lugar. Faz parte da cultura do nosso futebol. Há investimentos em jogo.

O próprio profissional que se dispõe a trabalhar na empreita tem que saber de ante-mão que o seu interesse particular é secundário ante o interesse do Clube, que ele é pago pra trazer resultado, se não traz, deve ceder o lugar. Nunca vi um treinador ficar tanto tempo no emprego com desempenho tão pífio. Acho que amizade não deve pesar nessa relação. - RC

João Avaiano disse...

Concordo plenamente com o Sr. Roberto Costa e com o comentário do "Gol de bicicleta".

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