sábado, 16 de janeiro de 2021

Bom dia, Azurras - nº 3.897

PRA COMEÇAR DO "ZERO"

Depois de mais um ano de fracasso dentro das quatro linhas, a chegada do executivo de futebol Marco Aurélio Cunha parece ser medida tímida em relação ao que efetivamente precisa o Avaí Futebol Clube.


Se há uma coisa intrigante no discurso do executivo é essa maneira "politicamente correta" de tratar as coisas, um tom muito "educado", que parece não ter dado resultado com esse elenco de descompromissados montado no Sul da Ilha.


Pra quem não leu, sugiro uma leitura no texto do avaiano Helton Ricardo Ouriques, "FALTA SANGUE NOS OLHOS", clique e confira, onde em poucas linhas traduziu perfeitamente o que temos hoje na Ressacada.


Desde que fomos abatidos por aquele tsunami de 2019, o elenco montado para 2020 nada mostrou, e apenas como curiosidade, para fazer o amigo leitor pensar, tente responder: em que partida o Avaí jogou bem, dominou seu adversário e venceu?


De uma maneira geral, lembro apenas do primeiro tempo do clássico no Catarinense, e como coloquei, apenas no primeiro tempo, até porque no segundo o que menos tivemos foi futebol...


Esse elenco cansado, velho, ultrapassado, não tem os requisitos fundamentais levantados pelo Ouriques: não se consegue perceber "entrega", "sangue nos olhos", "vontade de vencer". 


Aliás, a resposta disso tudo está no discurso de Marco Aurélio Cunha, que diz querer trazer jogadores que queiram brilhar no Avaí


Para 2020, só vieram os "amiguinhos", presenças constantes nas baladas de Jurerê Internacional, da Lagoa da Conceição, do entorno do shopping, e na "casa da luz vermelha" da Rua Menino Deus.





DESQUALIFICANDO

Há outro aspectos que precisa ser corrigido no Sul da Ilha, que é o aproveitamento dos bons valores surgidos nas categorias de base. Falo bons valores porque, por razões óbvias, nem todos serão aproveitados, nem tem talento para seguir no futebol.


Mas dou dois exemplos claros. O zagueiro Eduardo Kunde, que alcançará o acesso para a Série A com o Cuiabá, não teve espaço no Avaí, preterido que foi em prol de Marquinhos Silva, Rafael Pereira e Airton, todos em final de carreira (Marquinhos Silva já parou), sem trazer qualquer ganho para o clube. Alguns vão dizer que Kunde falha demais, que não tratou da carreira com a seriedade que ela merece. Os outros citados não falham? 


Outro exemplo é o volante Wesley. Trouxeram um outro Wesley, o Beltrame, que havia feito uma péssima Série B pelo Criciúma, ao ponto de ter levado o Tigre ao rebaixamento. O Beltrame já foi embora, está no CRB, enquanto o Soares, da base, atuou pelo Sub 23, com boas atuações, ao mesmo tempo em que o clube rasgou dinheiro com Bruno Silva, Ralf e Leandrinho...





CEGOS

Não tenho dúvidas de que o gerente de futebol do Avaí, Marcos Vicente, foi o grande responsável pela montagem do elenco, e mais que isso, por minar o ambiente no clube a partir do episódio com o técnico Augusto Inácio.


Da mesma forma, há que se questionar o trabalho de Diogo Fernandes, tão elogiado nas categorias de base, mas justamente quando subiu para a coordenação do futebol profissional, os bons valores da casa pouco espaço tiveram.


Não podemos deixar de lembrar de Evando Camillato, o auxiliar técnico com menos ambição no futebol mundial. Com tanto tempo de casa, não é capaz de sugerir um nome que tenha DNA no Sul da Ilha...





APROVEITAMENTO

Só para lembrar, o Avaí está em seu quarto técnico desde que começou a temporada de 2020: Augusto Inácio, Rodrigo Santana, Geninho e Claudinei Oliveira. Não se pode dizer que esse elenco de descompromissados jogou melhor com este ou com aquele, foram mal sempre...


Mesmo assim, ficando apenas no Campeonato Brasileiro da Série B, há que se observar os aproveitamentos de cada um. Vejamos:


1) Geninho: 23j - 9v - 4e - 10d = 33,33%;

2) Bruno Gonçalo: 3j - 2v - 1d = 66,66%;

3) Evando: 1j - 1d = 0%; e

4) Claudinei: 7j - 3v - 2e - 2d = 52,38%.


Espero que não se empolguem com os números do Gonçalo...





MUDANÇAS

Verdade seja dita, a queda de braço entre o mandatário do clube e o departamento de futebol acabou custando caro ao Avaí. Na virada do turno, o clube estava na nona colocação, mas não se vislumbrava qualquer evolução na equipe.


Os laços de "irmandade" do presidente com o treinador acabaram falando mais alto, ainda que o discurso público tenha sido de unanimidade, mais uma falha do departamento de futebol, que só manifestou sua contrariedade por detrás dos panos, para os "mesmos"...





TEM JOGO

O Avaí entra em campo na tarde de hoje para fazer sua terceira partida no ano de 2021, contra o CSA, às 16h30min, no estádio Rei Pelé, na bela Maceió, capital de Alagoas, defendendo uma "invencibilidade" de dois jogos...


A verdade é que hoje só a vitória interessa ao time comandado por Claudinei Oliveira, até porque de nada adiantará manter essa "longa" invencibilidade com empate, que significará o abreviamento desta Série B, acabando com qualquer outra possibilidade de êxito, mesmo que depois ainda enfrente Juventude, Guarani e América-MG.


Não há mais espaços para erros, nem desse elenco descompromissado, nem do técnico Claudinei Oliveira.


Capricha, Leão!





Saudações AvAiAnAs!

5 Comentários:

Babi Vieira disse...

Bom dia André. Algumas coisas concordo outras não. Quem é bom na base, joga igual no profissional como foi o caso do saudoso Renanzinho, de Guga. Kunde vai para a série A porque tem um elenco focado junto. Pessoalmente acho o futebol dele fraco, toma muita bola nas costas. O que vou falar agora pode doer aos apaixonados por M10. Eu como torcedora não gostava dele como pessoa. Jogava bola? Jogava. Mas a vaidade dele sempre foi maior do que o Avaí. Lembro na época que ele queria ser o artilheiro da Ressacada. Cansou de entrar em campo caindo aos pedaços, não tendo a produtividade que time precisava, só para atingir seu objetivo pessoal. Por mais ídolo que seja, nenhuma atleta é maior que o clube. A sua vaidade não pode ser maior. E a do Marquinhos era, principalmente no final de carreira. Desde então ele manda mais no Avaí que qualquer um. Atualmente até a conversa com o grupo no vestiário é ele quem faz! Caramba, ele não ele não é mais nosso capitão. Nosso xerife é o Betão, que por sinal fala muito melhor do que Marquinhos! O galego na real é igual a muitos torcedores: tem um ódio maior pelo time da Coloninha do que amor pelo Avaí. E é um tremendo paneleiro. Então enquanto não tirar essa erva daninha de dentro do Avaí, pode esquecer.

Raniere disse...

André, perfeito!
Em relação à categoria de base do Avaí, como que um jovem talento vai aparecer se ele só é colocado, e quando é colocado, para jogar nos minutos finais e quando o time tá perdendo e levando um baile do adversário? Ou então ele se dedica no treinamento, mostra sangue nos olhos, mas o treinador prefere escalar um cone que custa caro ao clube?
Ninguém é contra as contratações, elas sempre acontecerão. O que pedimos é que se for contratar, traga alguém que efetivamente seja melhor do que se tem na base, pois do contrário, nem gaste (rasgue) dinheiro. Será que é tão difícil de entender?
Grande abraço.

Carlos avaiano disse...

Bom dia André e torcida sofrida

André,nunca foi tão fácil para você comentar diariamente aqui neste democrático espaço sobre a paixão de todos nós.

Digo isso, porque desde 2019 o enredo é o mesmo, ou seja, a inoperância do avai em todos os setores.

Então fica fácil, já que nada mudou a não ser os técnicos,é só usar o recurso de cola e copia.

Já comentei em outras edições, que salários em dia é direito de todo trabalhador "produtivo", e dever de todo patrão justo.

Mas porque que as cobranças nos casos de quebra de contrato, é só de um lado?

O clube investiu num grupo que deu inveja em muitos clubes das vizinhanças, com uma folha salarial alta para uma série B. Mas a produtividade em alguns casos, e a falta escancarada de compromisso com o mome AVAI FC, no caso do descumprimento das normas de segurança com a covid, ( BALADAS) com show de luta livre, não corresponderam ao contrato de salarios assinados.

Ai fazem greve, entregam pontos preciosos para os adversários, e o clube e torcida que se lixem?

E quando estava tudo em dia, e a produtividade foi nula, quebra do contrato evidente, o patrão não cobrou, não fez greve de pagamento, não demitiu?

Rasgaram dinheiro, quando tiraram o clube da sequência de jogos dentro da copa do Brasil, e ai, quem cobrou quem?

Há,sim, houve cobrança, rolou a cabeça do único culpado até agora, a do português.

Agora chega marco aurélio, com discurso de respeito ao atleta, e que o termo faxina no elenco, fere, é pejorativo.

E a falta de respeito deles com o patrão, clube e torcida, não fere também?
2 anos de humilhantes derrotas e participações ridículas e vexatórias em alguns momentos, não ferem nosso orgulho de ser AVAIANO?

Acho que Marco Aurélio, Marcos Santos e Diogo, pedirão pra torcida comparecer na despedida de parte desse elenco com aplausos enquanto dão a volta olímpica, e não serem feridos ou magoados com a (FAXINA)

Garimpam e insistem com boleros de todo lugar, mas não garimpam e não dão sequência para os valores da nossa barata BASE.

Marcelo r disse...

Tem muito da base sem foco...Tem atleta fora do peso.. o kunde realmente mantenho minha opinião, era necessário sair para criar foco, mudar cabeça...novo desta forma não vinga. Espero e torço que ele tenha sucesso...

Marcelo r disse...

Em tempo...nossa Preparação física é pífia de modo geral...

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