sábado, 12 de junho de 2021

Bom dia, Azurras - nº 4.045

DURA REALIDADE

Em época de pandemia, e já passam mais de ano nessa situação, o clube não conseguiu criar um fato novo para chamar a colaboração do torcedor, muito menos de um patrocinador, mas os gastos seguem fortes, gerando outras pendências judiciais...

 

Essas linhas acima fazem parte da “Bom dia, Azurras” de 8 de maio próximo passado, portanto, antes da eliminação da Copa do Brasil na última quarta-feira, em Curitiba, diante do Athletico.

 

Fiz questão de reproduzir esse pequeno trecho em função da matéria de Rodrigo Capelo, que reproduzi ontem, clique AQUI e confira, onde ele disseca com muita competência o balanço patrimonial do Avaí referente ao ano de 2020.

 

Muito provavelmente, até mesmo para aqueles conselheiros do Avaí que fazem parte daquela comissão formada para averiguar um pouco mais a rejeição das contas do clube, é uma leitura obrigatória.





CAMINHO COMPLICADO

O que está na matéria publicada por Rodrigo Capelo no site GloboEsporte.com ontem, vai ao encontro do que escrevemos na “Bom dia, Azurras” do último dia 8, e até para isso, destaco dois trechos das conclusões de Capelo:

 

O problema é que, mesmo sem esbanjar, o Avaí está se endividando pouco a pouco. A ponto de se complicar no pagamento dos salários dos jogadores por causa de uma antecipação frustrada de recursos. Esse processo lento de deterioração pode causar complicações sérias.

 

E segue adiante:

 

O Avaí precisaria encontrar dinheiro novo em algum lugar, ou então engatar um excelente trabalho em seu departamento de futebol para, na base da eficiência (fazer muito com pouco), chegar à primeira divisão e engrossar seu faturamento. Não há mágica que vá além disso.

 

Será que alguém vai discordar?





SEM ENTENDER

O que a imensa Nação Avaiana não entende, é que depois de 13 contratações para iniciar 2020, Arnaldo, Rildo, Rafael Pereira, Airton, Bruno Silva, Wesley, Valdívia, Getúlio, Leonan, Kelvin, Vinicius Jaú, Adryan, Gastón Rodriguez, e já com a pandemia triturando com muitas receitas, o clube ainda resolveu partir para outras 13 contratações: Ralf, Renato, Victor Sallinas, Renatinho, João Lucas, Leandrinho, Alan Costa, Ronaldo, Edilson, Vinicius Leite, Alemão, Rodrigão e Foguinho...

 

Ou seja, mesmo tendo ciência de que a diminuição de receitas estava em curso, provocadas pela pandemia, a opção por seguir contratando desenfreadamente seguiu sem qualquer critério...

 

Como essa conta poderia fechar? Era óbvio que o ano terminaria com um rombo nos cofres do clube, com salários e outras obrigações atrasadas...





IRRESPONSABILIDADE

Vale lembrar, aquela segunda remessa de contratações, mais 13, ocorreu em período de pandemia, sendo que boa parte delas após o aceno vindo da Europa de que Gabriel Magalhães seria vendido ao Arsenal, da Inglaterra.

 

Ainda que estivesse vindo esse din-din europeu, não podemos esquecer que a irresponsabilidade já havia tomado conta do departamento de futebol do clube, que se sujeitou a pagar R$ 83 mil mensal por um Rildo e outros R$ 60 mil para aquele gorduchinho que estava parado há longo tempo, Adryan...

 

Brincaram de fazer futebol, contratando jogadores com altos valores de salários, mas sabiam da pouca efetividade dos mesmos em campo, ou seja, resolveram apostar, perderam, e tornaram a fazer novas apostas, respaldados por um dinheiro que iria chegar, mas sem data certa...

 

Exemplo típico de uma gestão irresponsável.





SOBREVIVÊNCIA

Não por acaso, na quarta-feira passada, quando o Avaí enfrentou o Athletico, em Curitiba, escrevi que minha torcida naquele dia era mais para que o time leve a premiação de R$ 2.700.000,00, que propriamente pela classificação, apesar de estarem atreladas uma na outra...

 

A razão era simples, os jogadores estão com dois meses de salários atrasados, enquanto que os funcionários do clube tem três meses de atrasos. Estamos no dia 12 junho, apenas o sexto mês do ano, e o Avaí Futebol Clube já está envolvido em atrasos consideráveis, e pior que isso, sem perspectivas de novas receitas...

 

Para quem não sabe, o Avaí segue gastando mais do que arrecada...





ADEUS

Muito se especulou sobre a possível saída do meia Giovanni, que teria sido solicitado pelo novo técnico do Cruzeiro, Mozart Santos, para que voltasse ao seu clube de origem. No final da sexta, o Avaí confirmou seu desligamento do Sul da Ilha.

 

Há quem tenha se encantado por seu futebol, mas não é meu caso, que estou alinhado com o que disse meu amigo João Eduardo Guimarães:

 

Chegou gordo para jogador profissional e volta da mesma forma, não vi nada, comum! Quem sabe agora arruma melhor o time, o problema está no ataque!”

 

E George AB completou:

 

No lugar dele basta colocar o Valdivia, mas exatamente no mesmo lugar e não ‘fincado’ na linha lateral como o grande Claudinei gosta, matando o jogador.

 

Marcos da Trindade não deixou por menos:

 

Jogava parado. Contribuiu pouco. Tem habilidade, mas meia parado morreu no futebol.”





Saudações AvAiAnAs!

4 Comentários:

Raniere disse...

André, sobre as finanças do clube é desesperador ver como o clube jogou dinheiro fora com estas contratações. Gastaram o que não tinham com jogadores medíocres e, pasme, a maioria deles sequer são melhores dos que o clube tem na sua base. Lamentável!!
Sobre o Giovani,ele tem futebol mas está pesado e lento. O Cruzeiro fez um favor para o Avaí.
Grande abraço.

Carlos avaiano disse...

Bom dia

O problema financeiro do avai foi criado por falta de conhecimento do setor responsavel pelas contratações.
Guga, Gabriel, Rafinha, etc...sairam pra serem titulares onde estão, pois aqui estavam despontando.
Já nossos olheiros, buscam recéns operados em recuperação, outros em fim de carreira sem chances nos seus clubes, e outros, fora de forma sem rendimento ou atuações que justifique suas contratações.
Não citei nomes, pois a lista é grande em todas as situações citadas, e que todos já estão cansados de comentarem aqui.
Diretores desqualificados com o aval da presidência do clube.
Resultado, pouca receita pra tantos gastos desenfreados, vira rombo no orçamento, receita perfeita para colapso financeiro.
O que sobrará é rebaixamentos e ações judiciais trabalhistas.

Lugo disse...

Boa noite.
O Avai tem que tomar muito cuidado com a obstinação do presidente em deixar o clube na série A, isso pode vir a ser uma armadilha para as futuras gestões.
Acontecerá o mesmo que aconteceu com o doladelá.
Quando o teto da caverna que estão cavando ruir seremos engolidos pelo buraco.

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