ERGAMOS AS MÃOS AOS CÉUS! by RC

Felizmente acabou o jogo entre Ponte Preta e Avaí.  Duplamente felizmente, pela rala qualidade do jogo e, particularmente para nós Avaianos, que corríamos o risco de ver uma bola entrar em nossas redes, pois já não tínhamos a defesa completa, o valente Alemão fora por contusão, em lance em que praticamente salvou o gol da Ponte, que se desenhava. Foi cirúrgico o Alemão.

 

O primeiro tempo foi um bate bola sem graça, dois goleiros praticamente sem trabalhar e um perde-ganha sem sabor, com a bola rolando, talvez envergonhada. O Avaí não reeditou alguns bons jogos que fez.

 

O Avaí reclamou um pênalti e ficamos apenas com a opinião dos comentaristas da TV, que acharam que o árbitro mandou bem, porque a bola veio de muito perto. Gostaria de ter ouvido a opinião do Plantão do Apito, mas parece que economizaram em tal dispositivo. Verdade é que a bola, saída da linha de fundo, tinha a direção do interior da área, e o braço do defensor da ponte cortando sua trajetória estava afastado do corpo. Pra mim, bem caracterizada a penalidade.

 

Depois foi a vez da Ponte reclamar também um pênalti sobre Camilo. O árbitro mandou seguir o jogo. Os comentaristas, certamente de São Paulo, emitiram logo opinião de que o pênalti fora configurado. Pareceu-me visível que Camilo desistiu da bola e deixou o pé para sofrer o impacto do corpo do goleiro Gledson. Ou seja, cavou a penalidade.

 

No segundo tempo a Ponte teve mais posse de bola e levou mais perigo à meta avaiana, que fazia das tripas coração para segurar a situação. Nosso goleiro Gledson fez uma defesa maiúscula, salvadora, num petardo a curta distância. Alemão foi grande Guerreiro, Bruno Silva foi muito importante.

 

Pelo pouco futebol apresentado ante o assédio do adversário no segundo tempo, ergamos as mãos aos céus, em agradecimento pelo ponto conquistado.

* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: Alvaro Júnior/Ponte Press