Bom dia, Azurras - nº 4.510

VERGONHA

Quem foi para a Ressacada na noite de ontem, como eu, estava esperançoso numa vitória, principalmente pelo fato de saber que o Ceará já havia perdido seu jogo e caso o Avaí vencesse o Atlético Goianiense, na partida mais importante do ano (foi como me referi ao jogo ontem), ao menos temporariamente, estaria fora da “zona de rebaixamento”.

 

Mas o que se viu ontem foi um time apático, sem um vontade, sem tesão, sem raça, envergonhando os mais de 8.000 torcedores que lá estiveram, jogando pelo ralo a chance concreta do Leão da Ilha começar a garantir sua permanência na elite do futebol brasileiro.

 

Sobre o jogo, muito pouco por ser dito, exceto o fato de que o Avaí conseguiu ser pior que o Atlético-GO, não podendo reclamar da sorte por ter perdido a partida. Numa falha de Vladimir e Mateus Sarará, contando sempre com a marcação errada de Kevin, Wellington Rato abriu o placar para o Dragão, nos acréscimos da etapa inicial.

 

O Avaí até voltou melhor no segundo tempo, tentando tirar a diferença, mas Natanael, de forma bisonha, falhou propiciando o contra-ataque adversário, resultado no segundo gol de Atlético-GO.

 

Com 2 a 0 no placar, por mais que o Avaí insistisse, se percebia que o caminho estava complicado pela pouca inspiração de seus jogadores, um amontoado em campo, mas mesmo assim, Pottker, o único com vontade de fazer alguma coisa, diminuiu o placar.

 

Final de jogo, Avaí 1x2 Atlético-GO, com o Leão cravando seus pés na “zona do rebaixamento” de uma maneira quase que definitiva.

 

MEDIDA INÓCUA 

Não levou muito tempo para perceber o que escrevi quando a apresentação do técnico Lisca: não passa de um falastrão, que tratou de desmanchar o pouco que restava de bom no time do Avaí.

 

Ontem, outra vez, escalou mal e mexeu de forma ainda pior. Comentei sobre o erro previsível que seria escalar Diego Matos no lugar de Cortez. Não foi Diego, mas ele optou por Thales Oleques, tendo Natanael em campo, como se Natanael fosse imprescindível do meio pra frente...

 

A apatia e a desarrumação da equipe é assustadora.

 

OBJETIVO

Não sei qual será o destino neste Brasileirão, mas depois de ontem, seguindo com Lisca no comando, começo a torcer para que o time deixe a “lanterna” da competição para o Juventude, não repetindo o fracasso de 2019...

 

Como muito bem observado pelo Marcos da Trindade, “E vamos ser rebaixados pelos pontos perdidos em casa para os times que vão cair com a gente… É pacabánéoooooooooooo!”

 

MATEMÁTICA BÁSICA

Com as derrotas para Juventude, Cuiabá e Atlético-GO, todas por 2 a 1, dentro da nossa bela Ressacada, o Avaí deixou de fazer preciosos 9 pontos, que se somados aos atuais 28, deixariam o Leão da Ilha bem longe da “zona de rebaixamento”...

 

Apesar do tropeço de ontem, ainda é possível sonhar em sair da “zona”, até porque Ceará, primeiro fora da degola, e Cuiabá, primeiro na “zona”, também perderam na rodada...

 

Mas sejamos bem francos, quem acredita que esse amontoado de jogadores vencerá o Botafogo, 10º colocado, se nem conseguiram se impor diante do vice-lanterna?

 

ATRITO

Se fosse escrever sobre jogadores nas baladas, ou quaisquer outros problemas, certamente passaria o dia em cima do teclado. Porém, recebi um áudio do avaiano Ademir Agenor da Silva, dando conta de um atrito de Lisca com alguns jogadores esta semana, que enviei direto ao presidente Júlio Heerdt. Ele que trate de verificar a veracidade dos fatos.

 

Se há atrito ou não, pouco me importa, mas não tenho a menor dúvida de que as coisas não estão num nível de normalidade de “temperatura e pressão” no Sul da Ilha...

 

HORA DA MUDANÇA

Há um mês atrás, no aniversário do clube, o presidente Júlio Heerdt, em entrevista exclusiva ao pessoal do Morro da Cruz, e posteriormente no mesmo mês de setembro, para a mesma emissora, num monopólio criado na gestão passada, tratou de repetir seu discurso de campanha, que “seria na raça!”

 

Observando de fora, creio que está na hora do nosso querido presidente mudar o discurso e a expressão de sorrisos fáceis: é preciso cobrar os responsáveis pelo futebol, cortando na própria carne, e diante de uma avaliação fria, mudar o que for preciso para salva o ano repleto de fracassos, ou até mesmo começar o planejamento para o Centenário na Série B.

 

Vale lembrar, presidente, “omnia autem probate, quod bonum est tenete”.

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!

 

Bom voto!