domingo, 13 de novembro de 2022

Bom dia, Azurras - nº 4.552

VITÓRIA HISTÓRICA NA DESPEDIDA

Não vou me alongar na análise da partida de ontem no Maracanã, até porque o destino do Avaí, bem como de seu adversário, o Flamengo, já estava traçado dentro da competição.

 

Porém, ainda que mantendo o mesmo senso crítico das últimas partidas, há que ser considerado o fato de outra vez o Leão da Ilha ter feito uma boa partida, aplicado, determinado, ainda que a supremacia técnica do time carioca tenha ficado evidenciada desde o primeiro minuto.

 

Verdade seja dita, não foi o Flamengo que perdeu, mas o Avaí que ganhou, e ganhou porque foi jogar futebol de maneira séria, como deveria ter feito rodadas atrás, sob o comando de outro técnicos.

 

A infelicidade do zagueiro Wellington, marcando contra o patrimônio aos 42 minutos da etapa inicial, não fez justiça ao placar, ainda que o predomínio carioca tenha sido evidente, mas as três chances do Avaí diria que foram mais vivas, podendo inclusive ter aberto o placar. Não fez, levou. E lamentavelmente num gol contra...

 

Mas esse problema foi corrigido em pouco tempo, quando Marcinho, após cobrança de falta, literalmente estufou a rede do goleiro Diego Alves, que se despedia, isso aos 49 minutos, já nos acréscimos...

 

Para o segundo tempo o panorama não mudou, mas o Flamengo ainda tinha que homenagear seus “Diegos”, e o fez até os 20 minutos da etapa complementar, enquanto o Avaí tratava de fazer seu papel de coadjuvante querendo ser protagonista...

 

E aos 35 minutos, em cobrança de escanteio, o zagueiro Lipe, da base, de cabeça, beijou a rede do Maracanã, fazendo 2 a 1 para o Avaí, vitória histórica no confrontos entre as duas equipes.

 

Acabou a Série A para o Avaí, mas melhor ter se despedido com vitória, principalmente de uma maneira tão marcante, a primeira vitória do Leão da Ilha sobre o Urubu no Maracanã.

Foto: Alexandre Neto


FESTA PRA ELES

Pouco importa que para o Flamengo significava o encerramento da temporada, que o goleiro Diego Alves e o meia Diego Rivas estavam se despedindo. De forma tendenciosa, mudaram a data da partida, fizeram a programação que melhor lhes convinha, mas esqueceram de combinar com o Avaí...

 

Com um público total de 63.077 torcedores, 60.024 pagantes, que deixaram nas bilheterias do Maracanã a “pequena fortuna” de R$ 2.276.626,00, quem saiu mais satisfeito coma encomenda foi a torcida avaiana, presente naquele que já foi o maior estádio do mundo.

 

Festa para eles, vitória para os avaianos...


DEFINIDOS

A vitória do Avaí na tarde de ontem apenas ratificou aquele otimismo que tomou conta de mim durante o primeiro turno. Quando a bola rolou, já se sabia que a partida era uma festa para o Flamengo e para o Avaí, já rebaixado, servia para mostrar aquela garra cantada no nosso hino, e foi o que aconteceu.

 

A vitória não altera a situação do clube carioca, nem tira o Leão da Ilha do rebaixamento, agora momentaneamente na 17ª colocação. No entanto, antes de lamentar que faltou muito pouco para o Avaí escapar, prefiro dizer que o clube foi refém, outra vez, de boleiros descompromissados.


PATÉTICO

A transferência da partida, de domingo para sábado, já foi feita de forma nebulosa, nem mesmo respeitando os prazos normais para alteração de data, horário e local.

 

No entanto, não há como negar que o Flamengo goza de grande prestígio junto à CBF, Rede Globo, STJD, VAR, e tudo o que envolve o futebol. Mas transformar uma partida oficial de Brasileirão numa festa de bairro, custou caro.

 

Avaí 2 a 1, até mesmo pelo foco distorcido do time carioca...


ÁGUA NO CHOPP
Depois de participarem forçosamente das despedidas dos “Diegos” rubro-negros, inclusive com aplausos e abraços, os jogadores do Avaí trataram de dominar a festa, colocando "água no chopp" do Flamengo, que certamente não era o nosso bom chopp Kairós...

 

Na cobrança de escanteio, o goleiro Hugo Souza, que entrou no lugar de Diego Alves, até defendeu a primeira cabeçada, mas, no rebote, Lipe, aquele zagueiro da Cachoeira do Bom Jesus, num leve toque de cabeça beijou a rede do Maracanã e saiu correndo para os abraços...


HISTÓRICO

Com a vitória sobre o Flamengo no Maracanã, o Avaí acabou alcançando um feito histórico, visto que foi a primeira em solo carioca por parte do Leão da Ilha nos sete jogos disputados por lá até então.

 

Como bem salientou o Marcos da Trindade, dos grades times do Brasil, os únicos que nunca vencemos em seus domínios foram Atlético Mineiro, Palmeiras e Corinthians.

 

O Flamengo não falta mais...


TRÊS MIL

O querido amigo e integrante do Conselho Fiscal avaiano, Nilson Magagnin, envia mensagem “corrigindo a correção” sobre o monitoramento de atletas por parte do departamento de mercado: não são 13.000, mas 3.000!

 

Ótimo! Mas esse número também não altera a essência da minha crítica por uma razão muitos simples. Quantos jogadores foram convocados para a Seleção Brasileira que vai para a Copa do Mundo no Qatar?

 

26! Então multipliquem por 10 e chegaremos a 260 jogadores, mais de 10 por posição, certo? Ou seja, mais de 23 atletas por posição. Se dobrarmos o número, chegaremos aos 520 atletas, o que é muito, com uma média de mais de 47 jogadores por posição...

 

Repito: quem “monitora” 3.000 (já corrigido), não monitora ninguém.


COPA DO BRASIL

Para o ano de 2023, Santa Catarina terá Brusque, campeão, Camboriú, vice, Avaí e Chapecoense pelo ranking nacional de clubes, e o vencedor da Copa Santa Catarina, que será decidida hoje, em Itajaí, na partida Marcílio Dias x Hercílio Luz.

 

Quanto ao Criciúma, apesar de já ter encerrado sua participação na Série B, hoje estão ligados nos resultados da Serie A para saber se também entram pelo ranking. Para ingressar, o Tigre precisa que 2 times entre América-MG, Fortaleza e São Paulo estejam no G9 ao final da competição. Por enquanto, só o Coelho...

 

Em relação ao “doladelá”, Copa do Brasil em 2023 só pela TV...



Saudações AvAiAnAs!

10 Comentários:

Márcio Luiz disse...

Ficou a sensação (e a frustração), dê quê um pouquinho mais de empenho, vontade e capricho, poderíamos ter ficado. Faltou 2 vitórias apenas.

Gustavo Beck disse...

Uma vitória, ficaríamos na frente do cuibà, faltou capricho!

Leonardo disse...

Jogos que nos rebaixaram: derrota para o Juventude, Cuiabá e Atlético GO em casa. E aquele empate amargo com São Paulo, onde Copete perdeu um gol feito no fim da partida. Vale lembrar também o assalto contra o Flamengo no primeiro turno.
Para 2023: Mais vontade, mais comprometimento, mais RAÇA por favor.

Unknown disse...

A Lição ficou:Chega de Boleiro e Medalhão!

Roberto Felisbino. disse...

Feliz pela vitória e triste por ver que faltou muito pouco para permanecermos na série A.Se tivessem feito o que foi prometido em campanha em relação às contratações. Espero que mudem o perfil das contratações para o ano que vem,chega de medalhões.

Raniere disse...

Os boleros descompromissados e os que os mantiveram na titularidade da maioria dos jogos foram os culpados pela queda. Será que os técnicos eram tão cegos que não conseguiam ver a diferença entre os jogadores sérios e os descompromissados? Tinha jogador que ficava mais tempo com a mão na cintura do que correndo no campo. Assim ficava difícil conseguir bons resultados.
Infelizmente, só foi "percebido", tardiamente, que apostar na juventude, com a sua velocidade e fome de vencer, era a solução. Só não podemos aceitar que se fale em coragem de ter colocados os meninos da base pra jogar no lugar dos titulares, pois coragem mesmo seria tê-los colocado para jogar, no lugar dos boleiros descompromissados, enquanto havia muitas chances para escapar do rebaixamento.

Lugo disse...

Tudo por conta das "convicções" dos técnicos que passaram. Mas onde estavas os dirigentes para fazer o contraponto dessas ditas convicções? Como o nome diz deveria haver uma comissão tecnica e não um ditador técnico, que a maioria das vezes afunda as equipes e as tirna refens de suas visões turvas.

ManoelNilson disse...

Lugo, foi só falta de comando, simplesmente.

Carlos avaiano disse...

O amadorismo venceu outra vez.
Depois de Zunino e Moisés cândido, ele tem sido a diferença nos resultados dentro e fora de campo.
Discurso bonito e promessas jogadas no microfone para ganhar eleição, isso se vê aos montes todo ano na nossa sociedade que acredita em papai Noel.

Carlos avaiano disse...

Espero que a dura lição tenha ensinado a todos os envolvidos, que só palavras de efeito, não ganham jogos.
Que sejam arregaçadas as mangas e foco seja o clube Avaí e seu sucesso, cortando na carne tudo que seja contrário aos objetivos traçados.

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