domingo, 26 de março de 2023

Bom dia, Azurras - nº 4.685

SANDÁLIAS DA HUMILDADE

Longe daquela “cartinha” melosa após a concretização do rebaixamento do Avaí para o Campeonato Brasileiro da Série B, está chegando a hora da diretoria do Avaí se pronunciar sobre mais um desastre ocorrido dentro de campo.

 

Não vou aqui tratar das questões administrativas, que como mencionei ontem, parecem estar um tanto quanto nebulosas em função dos favorecimentos para alguns colaboradores, rasgando aquele discurso inicial da atual gestão.

 

De qualquer forma, o silêncio após a eliminação das Quartas de Final, ocorrido na última terça-feira, já está pra lá de maduro, precisando sair desse momento embatucado para mostrar a nova rota a seguir...

 

Sim, quando falo em nova rota refiro-me ao fato de que, ao menos pelo Catarinense, o Avaí não conseguiu carimbar sua vaga para a Copa do Brasil, vagas essas do campeão e vice, que serão definidos nesta semana.

 

Assim, para quem vislumbrava apenas e tão somente um Brasileiro da Série B a partir de abril, agora terá também a participação na Copa Santa Catarina, com a equipe titular, na busca pela terceira vaga catarinense na milionária competição nacional.

 

E sejamos francos, para quem ficou na quinta colocação na fase classificatória do Catarinense, há que se fazer uma grande depuração no elenco, no discurso, e até nas atitudes.

 

É hora de falar, de explicar as razões de mais um insucesso. Hora de mostrar o caminho que o clube seguirá, com novas contratações que venham para jogar, sem “experimentos”, mas antes de qualquer coisa, de qualquer atitude, é necessário que os dirigentes avaianos calcem as sandálias da humildade.

 

PREPARAÇÃO FÍSICA

Desde já, aviso que não sou da área, mas tenho amigos que trabalham diretamente com isso, como são os casos do Fylippy Margino e de Leonardo Vargas, formados em Educação Física e que atuam em suas profissões.

 

Cabe a pergunta: o que está acontecendo com a preparação física do Avaí, cujo time, quase literalmente, “morre” na segunda etapa?

 

Esse número elevado de contusões, ao que tudo indica, denota um grande enfraquecimento e desequilíbrio muscular. Não lembro em que emissora, em entrevista num dos programas esportivos da Capital, o presidente Júlio Heerdt comentou sobre isso, citando o zagueiro Felipe Silva, que precisava ganhar massa muscular, e Fabrício Baiano, que é mais forte do que o necessário...

 

Pelo visto, o desequilíbrio continua, até porque ambos ficaram um bom tempo no “cativante” DM avaiano...

 

AVALIAÇÃO

Se ao final do Catarinense para o Avaí, chegou à conclusão que algumas peças dentro de campo não tiveram o desempenho que deles se esperava, e aqui refiro-me aos jogadores que chegaram e até aos da base, há que se fazer também uma avaliação do que vem ocorrendo com a preparação física do elenco do clube.

 

Esse número exacerbado de contusões, além de um desempenho pífio – aqui abordando apenas a questão física, deixam a todos extremamente preocupados.

 

Não estou questionando aqui a qualificação de quem quer que seja, mas, indubitavelmente, essa questão física ajudou a complicar o trabalho de quem comanda o time.

 

O que vemos hoje do Avaí é um time que não corre 90 minutos, e olha que a estrutura do clube, com “novas aparelhagens”, poderia identificar isso facilmente...

 

PEREIRINHA, CIDADÃO HONORÁRIO

Se alguém falar o nome Delmar da Rosa Pereira, poucos saberão quem é, mas se ouvirem “Pereirinha”, logo lembrarão do massagista do Avaí, que está há 38 anos prestando relevantes serviços ao clube.

 

No último dia 23, aniversário de 350 anos da nossa bela Capital, em sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, Pereirinha recebeu da Câmara Municipal, indicação do vereador Dalmo Menezes, o título de “Cidadão Honorário de Florianópolis.

 

Parabéns, Pereirinha, uma figura ímpar e merecedora de todas as homenagens!

 

TERRITÓRIO SEM LEI?

No futebol, esse negócio de ‘rombos deixados por outras administrações’ é curioso. O sujeito assume o cargo, gasta como bem entende, deixa os torcedores com inúmeras ‘pulgas atrás da orelha’ com respeito à lisura da sua administração, mas não responde por nada, nem por negligência.

Administrar clubes de futebol parece ser algo como cuidar de um território sem lei. Os exemplos verificados são uma grandeza em todo o País. O torcedor indignado diz: ‘Fulano acabou com o Hipotético F.C.’ E é só o que acontece.
É, ou não é
???

 

A indagação, recheada com muita indignação, é do nosso querido Roberto Costa, o “RC”, e ele está coberto de razão.

 

No entanto, depois de dois anos seguidos com as contas rejeitadas na gestão passada, parece que o Conselho Deliberativo do Avaí vai finalmente conseguir as 90 assinaturas para saber se houve ou não gestão temerária no clube.

 

Por sua vez, as ações impetradas pelo ex-presidente, seguem surtindo o efeito desejado, com passos mais lentos que das tartarugas mais céleres...

 

BOM JOGO, VANTAGEM DO TIGRE

No “primeiro fim de semana de folga”, sem jogo do Avaí, acompanhei a partida Criciúma 2x0 Hercílio Luz, jogo de ida, válido pelas semifinais do Campeonato Catarinense, e confesso, me surpreendi com o nível da partida, muito bem disputada.

 

O primeiro tempo foi do Tigre, que abriu o placar logo aos 10 minutos, com Eder, e ampliou 5 minutos depois, com Fellipe Mateus, com o time do Sul do Estado mandando nas ações.

 

Para a etapa complementar, o panorama mudou, o Leão do Sul equilibrou a partida, sendo mais incisivo e melhor, e só não descontou em função da anulação de um gol feita pelo VAR.

 

Vantagem boa do Criciúma para quarta, em Tubarão, mas nada está decidido.

 

VERGONHA

Nós tivemos árbitro de VAR na Ressacada, na primeira partida das Quartas de Final, cujo resultado mostrou-se infrutífero, até porque o cidadão Rodrigo D’Alonso Ferreira tratou apenas de passar o tempo no Carianos, esquecendo de suas responsabilidades.

 

Aliás, naquela oportunidade, o soprador de apito, Ramon Abatti Abel foi muito infeliz no comando do jogo, assim como o genro do diretor de arbitragem da FCF, o auxiliar Kleber Lúcio Gil, que não viu uma saída do goleiro do Tigre fora da área com as mãos...

 

Ontem, o árbitro de vídeo foi Héber Roberto Lopes, de 50 anos, que com o apito na boca vem sendo protagonista de grandes desastres e ontem, no VAR, tratou de anular um gol do Leão do Sul absolutamente legal. Mas triste que isso, foi ouvir os cretinos da transmissão concordarem com as “linhas” mal feitas...

 

O Hercílio Luz foi garfado e este gol anulado fará falta na partida de volta.

 

A OUTRA SEMIFINAL

E como havia comentado ontem, o domingo, também de folga para a torcida avaiana, será marcado pela outra Semifinal do Catarinense, Barra x Brusque, que jogam às 17 horas no estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí.

 

Discordando do meu querido amigo Silvio Hickel do Prado, não vejo o Barra como uma “zebra”. O time de Balneário Camboriú cresceu muito tecnicamente a partir da chegada do técnico Rafael Piccinin, que está invicto desde que assumiu o clube, quando fez 3 a 1 no Marcílio Dias.

 

E fazendo um paralelo, se o Avaí empatou três vezes com o Tigre, na fase classificatória e duas na Quartas, o Barra de Piccinin não perdeu para a Chape: empate na classificatória e duas vitórias nas Quartas.

 

A partida terá transmissão da TVN Sports, e prevejo muita dificuldade para o atual campeão Catarinense superar o Barra...



Saudações AvAiAnAs!

2 Comentários:

Carlos avaiano disse...

Bom dia

Se o título acima fosse seguido com a humildade necessária, as conquistas do leão ultrapasariam todos os recordes.

Mas as chuteiras estilosas e o status de serem dirigentes de um grande clube da capital, nos levam ao patamar de um simples participante nas competições.

Perder, faz parte das disputas seja onde for pois não existe eterno vencedor e nem perdedor.

Ser eliminado dentro do Heriberto Hulze, num jogo super equilibrado como foi, não é nada de anormal.

Más o que torna inaceitável, são as sequências de insucessos nesse período da gestão Júlio.
É o somatório de equívocos, eliminações e derrotas anormais que vão tirando a paciência do torcedor apoiar.

Qual foi pro torcedor,a maior conquista neste período?

Uma vitória em um de três clássicos disputados.

Com o rebaixamento, veio o discurso de que no centenário tudo seria diferente.

Aí o torcedor mais exigente
Começou a sonhar e exigir como obrigação, uma grande participação na copa do Brasil, título estadual, e acesso com título na série B.

Copa do Brasil e catarinense já foram pro espaço.
Só sobrou o último sonho.

E pra indignar mais ainda, é inaceitável um clube centenario,com uma das maiores torcidas do estado, com estrutura física de dar inveja a grandes de outros estados,sendo a maior em sc, fique fora das finais do fraco catarinense, e ainda ter sua fanática torcida, vendo classificado um clube novato,sem torcida e sem estádio pra suas disputas,com todo o respeito aos poucos torcedores do jovem BARRA.

Paulo disse...

Na Ressacada, o marasmo desta gestão é impressionante!!!

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