PAPAGAIOS, by Lugo

Boa tarde.

Tem gente que quer ter razão, simplesmente pelo fato de não querer admitir que não é o dono da razão. Inicio assim para falar da gratuita aversão que alguns estão demonstrando ao trabalho do nosso treinador.

A torcida sempre reclama que o clube não dá vez à "prata da casa", mas quando testa, dá oportunidades (no plural) colocando em situações realmente de exigência, bradam que não adianta dar a oportunidade e que isso... e que aquilo.

Disputamos o Campeonato Catarinense com uma equipe reconstruída e fundada na BASE, diga-se, com todas as limitações conseguimos ir mais longe do que o time de medalhões do ano passado.

Atualmente continuamos trabalhando nessa reformulação, por uma estratégia da diretoria, tendo em vista as dificuldades financeiras e políticas, pois que atletas e seus empresários preferem a vitrine dos grandes centros a disputar um pouco atraente e visualizado Campeonato Catarinense.

É como se o ano começasse agora.

Novos jogadores que tem que assimilar as ideias e a forma de jogar do treinador. Precisam, também, se ambientar ao clube, a torcida, a cidade e aos companheiros.

O campeonato é longo e, via de regra, é na segunda metade da viagem que as melancias se acomodam.

Não podemos ser boca mole, no entanto, também, não podemos ser intransigentes, impacientes e, sobretudo, tapar os olhos para o que foi feito de ruim pelas gestões passadas; para o que já foi feito e, sobretudo, para o que de bom pode estar por vir.

Acredito que, em termos de potencial, temos o melhor grupo de jogadores, pelo menos, dos últimos 8 anos e com possibilidade de que melhore, significativamente, com a próxima janela.

O que não podemos é a cada jogo colocar a corda no pescoço do técnico, querer ser Pitonisa da desgraça, aconselhados pela imprensa propulsora do quanto pior para o Avaí, melhor para vender anúncios e sair por aí feito papagaio repetindo frases, impensadamente.

 

* Luiz Cordeiro, o Lugo, é associado do Avaí FC