Bom dia, Azurras - nº 4.727
SOBREVIVEMOS
Comentei na “Bom dia, Azurras” de
ontem, que o Avaí enfrentaria o Tombense pela quinta rodada do Campeonato
Brasileiro da Série B, com o intuito de sobreviver dentro da competição, até
porque outra derrota colocaria a equipe literalmente na “zona de rebaixamento”.
Para o Leão da Ilha, a vitória que
acabou vindo num gol do “improvável” Eduardo aos 38 minutos do primeiro tempo,
onde ele pressionou a saída de bola do time mineiro e partiu para o gol sem
medo de ser feliz, esse três pontos foram fundamentais.
Não vou me
alongar muito na análise da partida, até porque pelo futebol apresentado pelo
Avaí, mais organizado na primeira etapa, mas muito fraco no contexto geral, pouco
há o que se enaltecer.
Durante o
início da partida, ainda no primeiro tempo quando o placar apontava para a
igualdade em 0 a 0, as duas equipes alternaram bons momentos no ataque, e o gol
era uma questão de tempo, ainda que a maior posse de bola dos mineiros não
significasse um domínio absoluto.
O gol de
Eduardo serviu para dar mais tranquilidade ao Leão da Ilha, mas sem ter o
domínio das ações, o que foi preocupante. Mesmo assim, sair para o intervalo
com a vantagem no placar é muito melhor que um placar adverso...
Obviamente, e escrevi isso ontem, era um jogo de
sobrevivência, onde o importante era vencer, fazer os três pontos, seja lá de
que forma fosse...
E efetivamente foi um segundo tempo de doer os
olhos, sem que o Avaí, em vantagem no placar, e a partir dos 15 minutos do
segundo tempo com um jogador a mais, conseguiu a “proeza” de não chutar uma
bola ao gol adversário...
Sem construir uma simples jogada, perdido em
campo, com substituições mal colocadas, e no lugar errado, como foi o caso de
Modesto, sacrificando o potencial do jovem atacante da base, deslocado para a
extrema e até recuado pelo lado esquerdo. Se era para improvisar, que tivesse
colocado na lateral direita, sua posição de origem...
Mais tarde, aos 37 minutos, foi a vez de Vitinho
deixar as duas equipes com 10 jogadores em campo, por ter chamado a mocinha de
Saudades, no Oeste de Santa Catarina, mas bandeirando em São Paulo, Neuza Inês
Back, de “maluca”...
Até
o apito final da Edina, aquela, o Tombense tentou, pressionou, mas sempre
esbarrando na atuação segura de Ygor Vinhas, e o placar ficou mesmo no 1 a 0
para o Avaí...
Três pontos importantes na tabela de
classificação, vitória que faz a poeira baixar no Sul da Ilha, oxigena a diretoria
na contratação do próximo técnico, mas que não pode mascarar o quanto o Avaí
precisa evoluir na competição...
Foto: André Palma Ribeiro / AFC
ESCALAÇÃO
Fiquei
surpreso com a escalação do Avaí, que de certa forma não trouxe muitas mudanças
em relação ao time de Alex de Souza, exceto pelo fato de colocar Rafael Gava
posicionado como um atacante, aquele tal “falso nove”.
Além
disso, a manutenção de Eduardo, autor do gol, e Thales Oleques, também
surpreendeu.
O
Leão entrou em campo com a seguinte formação:
Ygor
Vinhas
Thales
Oleques, Alan Costa, Didi e Natanael
Xavier,
Eduardo e Wellington
Dentinho,
Rafael Gava e Waguininho
SUBSTITUIÇÕES
O
Avaí voltou para o segundo tempo da partida com a mesma formação. Porém, aos 12
minutos da etapa complementar, foram feitas duas alterações, Marcos Cipriano e
Vitinho, nos lugares de Dentinho e Xavier, respectivamente.
Aos
17 minutos, foi a vez de Igor Inocêncio substituir Thales Oleques. E as duas
últimas alterações vieram aos 22 minutos, com Modesto e Giva tomando os lugares
de Waguininho e Eduardo, respectivamente.
De
uma maneira geral, até pelo péssimo segundo tempo, as substituições não
surtiram efeito.
FALTAM 39
PONTOS
Queria
muito ser mais otimista em relação ao time do Avaí, mas pelo que vimos sob o
comando de Alex de Souza nesses meses, e ontem com Marcos Vicente e Fabrício
Bento, confesso que a preocupação só aumentou...
Para
quem já sonhou mais alto, hoje meu foco é na torcida por alcançar os tais 45
pontos que nos livram de um rebaixamento, e numa matemática básica, ainda
faltam 39 pontos por conquistar...
Missão
difícil? Sim, mas não impossível, até porque o Leão ainda disputa 17 jogos em
casa, 51 pontos em jogo, e outras 16 partidas fora do nosso belo reduto, mais
48 pontos em disputa...
Capricha,
Leão!
EVIDÊNCIAS
Creio
que com a contratação de um novo técnico, e agora nas redes sociais estão dando
como certo o nome de Guto Ferreira, o Avaí possa melhorar, ainda que qualquer
nome que surja não seja garantia de sucesso.
Com
a partida de ontem, algumas evidências afloraram, e entre elas aquela “boicote”
nos bastidores que escrevi tempos atrás, mas nem vou levar isso adiante por
estar muito óbvio.
Outro
detalhe, o condicionamento físico do Avaí é preocupante, e outra vez,
principalmente na segunda etapa, a equipe foi presa fácil para o adversário...
O Avaí
precisa mudar se quiser efetivamente crescer...
MUITA CALMA NESSA HORA
Na terceira vez, ou na terceira
oportunidade em que assumem o comando da equipe, a dupla Marcos Vicente dos
Santos e Fabrício Bento da Cunha, conseguem melhorar um pouco o aproveitamento em
termos de resultados.
Não voltaria ao assunto, mas como
estou vendo muitos empolgados, inclusive alguns dirigentes e ex-dirigentes,
creio que cabe repetir o que foi colocado na “Bom dia, Azurras” de ontem,
devidamente atualizado...
A “solução caseira”, dupla que
comandou o Avaí ontem, atuou em oito partidas, duas pelo Catarinense, outras
cinco na reta final do Brasileirão, e ontem pela Série B. Foram três vitórias,
dois empates e três derrotas, agora com 45,83% de aproveitamento.
RAIO X
No Catarinense, a estreia dupla
Marcos Vicente e Fabrício Bento foi em Brusque, com o Quadricolor vencendo a
partida por 1 a 0. A segunda partida foi na Ressacada, empate em 0 a 0, durante
a transição da saída de Claudinei Oliveira para a chegada de Eduardo Barroca.
No Brasileirão do ano passado, após a
demissão daquele que se fez de louco para comer um bom dinheiro no Sul da Ilha,
Lisca, cinco partidas, começando com duas derrotas, 1 a 0 para o Cuiabá, no
Mato Grosso, e 2 a 1 para o Red Bull Bragantino, na Ressacada.
Depois um empate com o Santos, 1 a 1,
em Barueri, e duas vitórias, 2 a 0 no Ceará, na Ressacada, quando as duas
equipes já tinham “carimbado” o rebaixamento, e 2 a 1 no Flamengo, no Maracanã,
em clima de festa para os cariocas, já garantidos no Mundial de Clubes.
E logicamente, a importante vitória
de ontem na Série B, 1 a 0 sobre o Tombense.
QUE VENHA A CHAPE!
Com os resultados de ontem, o Avaí
afastou-se da famigerada “zona de rebaixamento”, afastando também aquele
fantasma que estava preocupando toda a Nação Avaiana, ao menos temporariamente.
Agora é olhar para a sexta rodada, quando
o Avaí entra em campo na próxima sexta-feira, dia 12, às 21h30min, para
enfrentar a Chapecoense, onde o Leão da Ilha precisa se recuperar do baque
sofrido na última partida dentro de casa.
Momento oportuno para a torcida jogar
com o time, colocar um belo e participativo público e buscar mais três pontos
na tabela de classificação.
Aliás, dia 14 de maio, domingo, é o “dia
das Mães”, quem sabe o Avaí não aproveita a oportunidade e faz uma chamada
diferente daquelas de “pênalti” e “experience”, como acontece em todos os
jogos...
Saudações AvAiAnAs!
Avaí é um time que não define as jogadas, não tem o gol adversário como objetivo, fica tocando a bola de um lado para o outro e não agride o time adversário, falta querer fazer o gol, mais vontade de ganhar, de 2019 pra cá ficou assim!
Alex na primeira entrevista falou que o torcedor iria se divertir com as boas atuações do time.
Promessas, infelizmente vivemos só de promessas, porque a realidade cantada no hino,ficou no passado de glórias.
O Alex achou/acha que o seu passado como craque de futebol basta pra ser bom técnico.
Há um abismo entre aquele que foi craque e aquele que é bom treinador.
Obrigado, Tombense, pelos 3 pontos.
Grande abraço.
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