Bom dia, Azurras - nº 4.864

BONS TEMPOS

Recebi do meu querido amigo, avaiano e advogado Alexandre Haeming Zacchi, matéria do Jornal Palhocense, de dois dias atrás, em que fazia uma homenagem ao seu tio, Plácido Zacchi, também conhecido como Cidinho.

 

Diz a matéria do Palhocense, que Cidinho foi considerado por muitos um dos melhores pontas-esquerdas na década de 40, onde ele foi tetracampeão pela nossa paixão pra toda vida, o Avaí, em 1942, 43, 44 e 1945.

 

Um pouco mais da história do seu Cidinho foi contada, até que foi convidado pelo governador Celso Ramos para ingressar no time azurra. Carreira curta, de 1941 a 1948, mas repleta de glórias, ajudando, e muito, neste Centenário recém completado.

 

Seu Cidinho faleceu aos 94 anos, em 2013, e na arte montada pelo Palhocense, ele aparece com a esposa Ondina Ferreira Zacchi (falecida em 2010), no ano de 1996, no baile do Império da Festa do Divino Espírito Santo, no Palhoção, onde foram homenageados os ex-festeiros, além de uma foto do time em teve muitas conquistas.

 

Depois de ler, comentei com o Alexandre Zacchi:

 

“Bons tempos, hein?”

 

SOBERANOS

Para minha resposta, que nem precisava de resposta, Alexandre Zacchi foi contundente:

 

“Tá louco!

Éramos soberanos!”

 

Essa resposta trouxe-me até aqui, e sem qualquer esforço, coloquei-me a fazer um paralelo entre os tempos, entre as gerações, e obviamente fui tomado por um susto, onde apesar de condições extremamente mais favoráveis, hoje estamos mendigando uma permanência na Série B do Brasileiro, sem nenhum brilho, sem nenhum craque, exceto o simples fato de permanecer, ainda que sem qualquer brilho...

 

Em pleno ano do Centenário, merecíamos algo como seu Cidinho proporcionou ao Avaí Futebol Clube...

 

SOMBRIO

O que temos hoje no Sul da Ilha, e aqui estou falando de elenco, não passa de um bando de descompromissados, sem alma, sem raça, sem vergonha na cara, em que se o time ganhar, empatar ou perder, a reação será absolutamente a mesma.

 

E falo isso com grande pesar, porque depois dos reveses sofridos na temporada passada, quartas de final no Catarinense, eliminado na segunda fase da Copa do Brasil, rebaixamento na Série A do Brasileiro, neste ano de Centenário a decepção vem caminhando rapidamente numa dosagem cavalar...

 

Por enquanto, sem ter um dia de tranquilidade, vivemos dias de extrema ansiedade com o que pode nos acontecer até o fim do ano, num horizonte a cada dia mais sombrio, que está longe de ser a simpática cidade no Sul do Estado...

 

FOLGADOS

Os caras recebem em dia, estão fazendo um campanha pífia, colados na “zona de rebaixamento”, levaram um baile do Vitória no domingo, dia 17, às 18 horas, mas só voltaram aos treinamentos na tarde de ontem, quarta-feira, dia 20...

 

Não é por acaso que o Avaí está na situação em que se encontra na tabela de classificação. Um clube de futebol profissional que mais parece um “spa”, é um convite para alguns boleiros virem passar temporada e rechear o bolso com pagamentos pontuais.

 

CALADOS

Aliás, essa folga foi boa para todos, todos os que recebem pelo clube, afinal de contas, ontem pela manhã foi postado no Twitter a chegada da dupla, “encantador de serpentes” e o “clone de cantor sertanejo”...

 

Obviamente, a boleirada se espalhou pelo mundo afora, curtindo as melhores baladas, sem nem mesmo estarem enrubescidos pela campanha que está afundando o clube no retrocesso de 25 anos...

 

Logicamente, com a conivência e o silêncio do príncipe...

 

MUDANÇA

Ontem o Vila Nova, que ainda briga pelo acesso, demitiu o técnico Marquinhos Santos, aquele que substituiu Claudinei Oliveira, que durante algumas rodadas colocou o Tigrão goiano no G4 e liderança da Série B.

 

O erro em Goiânia foi terem demitido Claudinei, que bem ou mal, fez milagre com o limitado elenco do Vila, mas isso não nos diz respeito, apenas serve para tocarmos na “mudança do Barroca”...

 

Eu não demitiria Barroca, mas, indubitavelmente, chamaria para uma conversa e mostraria que esse esquema que ele adota não funciona nem em jogos escolares. Se ele ficasse irredutível, ou até magoadinho, aí sim, mandava passear...

 

Ou seja, não é o caso de demitir, mas de mudar as convicções furadas de Barroca.

 

PITACO DO XARÁ

O gente boa André Luiz Cardoso, da Velha Guarda da Mancha Azul, advogado e Protegidos da Princesa, um dos articuladores dos “bem estar” atual entre torcida e direção, foi cirúrgico:

 

“4-3-3 nunca foi, não é e nunca será o esquema que reflete as características do clube, precisamos criar uma identidade de jogo, já passou do momento da diretoria chamar o Barroca para mostrar essa realidade, que acho ainda não foi mostrada porque, mesmo com tempo para treinar, o esquema falido vem se mantendo, e claro, que estoura na defesa.

 

Por cima, no mínimo há 6 anos jogamos com 3 atacantes, perdemos nossa essência por isso, aquele time da raça com qualidade, não tem mais, até o Flamengo com bons atacantes, quando não reforça o meio, é o time que mais dá chance para o adversário, por isso ele sempre quer ter a bola, porque sabe que poucos marcam.”

 

BALOFOS

Ontem postei um “papo cabeça” do Twitter, entre o Fyllipy Margino e o Fábio Makowiecki Flora, onde o primeiro chamou atenção para o fato de Barroca gostar de ter times parecidos com ele, fofos, e o segundo enfatizou que estamos em setembro, não temos um time, nem jogadores em condição de jogo...

 

Boris Casoy diria que “isso é uma vergonha”, e eu vou mais além: essa água da Ressacada é batizada!

 

Não é possível que Gava coma a bola no Cuiabá e aqui não consiga engrenar. O artilheiro Poveda aqui ainda não aconteceu...

 

E o que dizer daqueles que aqui nada renderam e fora se dão bem, como Ralf, no Vila Nova, Renato e Rômulo no CRB, e tantos outros...

 

A forma física de Giovani, Fellipe Bastos, Xavier, sem que mostrem uma evolução, assusta, e diga-se de passagem, bem longe do que se espera de um clube profissional.

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!