Bom dia, Azurras - nº 4.956
UMA PEQUENA REFLEXÃO
Até em função da data, foi fácil acompanhar a
final do Mundial de Clubes, e como avaiano, tenho uma eterna gratidão
pelo Tricolor carioca, se é que me entendem...
Efetivamente, com a bola rolando, e aqui nem considero
os 40 segundos para o surgimento do primeiro gol do time inglês, as diferenças
estavam muitos evidentes...
O placar final de 4 a 0 não foi construído
apenas por uma razão ou outra, mas por toda uma estrutura que tem o Fluminense,
e outra, logicamente mais favorável, que envolve o time de Manchester.
Quer queiram ou não, há uma diferença abissal
entre o que se joga nas Américas e em relação ao que se joga na Europa, e o
Manchester City é, verdadeiramente, uma verdadeira “seleção mundial”.
Não há demérito na perda de título do
Fluminense, mas há, sim, um escancarado desequilíbrio de forças, e aqui nem
vale colocar qualquer paixão. São superiores em todos os quesitos!
Quantos “ingleses” formam o elenco dos “Citizens”?
Uma grande minoria, diga-se de passagem...
Quantos “estrangeiros” formam o elenco “Pó de Arroz”?
De imediato, penso em dois, mas nem preciso seguir nessa toada...
Fato é que, e é uma tendência ainda mais “visível”, futebol,
se faz com o “cofre cheio”, e a melhor maneira para isso, é buscarmos uma liga extremamente
forte e organizada, não essa enganações que temos hoje, Liga Forte Futebol e
Libra. E aqui, um elogio ao presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, que sempre
disse que o atual momento nada temos, muito menos uma “liga”...
O que está valendo hoje, e isso é fato, é a busca de dois grupos por maiores vantagens no direito de transmissão, e convenhamos, estamos
muitos longe disso...
Crucificar o Fluminense? Jamais!
É tão vítima quanto todo o sistema como está envolvido o futebol
brasileiro, assim como nas Américas, que não dispõe de estrutura e poder financeiro
como tem os europeus, notadamente ingleses, alemães, espanhóis e italianos.
Vida que segue!
Parabéns, Manchester City!
Parabéns, Fluminense!
DISPARIDADE
Os dados são cruéis, mas até mesmo para marcar
um gol nos europeus está complicado. Vejamos desde que o Corinthians conquistou
o título, em 2012, a disparidade é enorme, de nessas 12 decisões, com 5
brasileiros envolvidos, marcamos dois gols...
Confira:
01
- 2012
- Corinthians 1 x 0 Chelsea (ING)
02
- 2013 -
Bayern de Munique (ALE) 2 x 0 Raja Casablanca (MAR)
03
- 2014 - Real Madrid (ESP)
2 x 0 San Lorenzo (ARG)
04
- 2015 - Barcelona (ESP) 3 x 0 River Plate (ARG)
05
- 2016 - Real Madrid (ESP)
4 x 2 Kashima Antlers (JAP)
06 - 2017 - Real Madrid (ESP) 1 x 0 Grêmio
07 - 2018 - Real Madrid (ESP) 4 x 1 Al-Ain (EAU)
08
- 2019 - Liverpool (ING) 1 x 0 Flamengo
09
- 2020 - Bayern de Munique (ALE) 1 x 0 Tigres
(MEX)
10
- 2021 - Chelsea (ING) 2 x 1 Palmeiras
11 - 2022 - Real Madrid (ESP) 5 x 3 Al Hilal (ARA)
12
– 2023 – Manchester City 4x0 Fluminense
DINHEIRO
Não estou aqui querendo chamar atenção para o
que vem pela frente, mas está bem óbvio. O futebol se faz com muito dinheiro, e
seguirá sendo ainda mais dessa foram...
Enquanto nossos clube estão brigando por
melhores direitos de transmissão, muito longe de uma liga forte e organizada, ficaremos
assim, achando que podemos competir com quem “manda”...
É um alerta para clubes como Flamengo, Palmeiras,
Grêmio, Corinthians, que já alcançaram um patamar diferenciado no nosso “chão”,
mas seguem aquém do que dita o mundo...
Ou se constrói um futebol brasileiro forte, ou seguiremos
nessa toada fracassada da última década...
OLHAR ATUAL
Se alguém está achando tudo isso muito
engraçado, basta ver o que as equipes estão investindo para 2024, notadamente aquelas
que disputarão o Campeonato Brasileiro da Série B...
Sem “atravessar” o ritmo, fica fácil citar quem
investirá no futebol muito mais do que o Avaí...
E não vou entrar aqui no mérito da questão, mas
clubes como América-MG e Coritiba, já transformados em SAF, trataram de
inflacionar o mercado, e outros, como Goiás e Santos, nos moldes convencionais,
tratam de contratar pelos “milagres” que ninguém conta...
Outras, mantidas na competição, com sede de
subir e com bom respaldo financeiro, observam o mercado e a vida...
MESMO RITMO
Até pela conquista da Copa do Brasil de 2007, sou eternamente
grato ao Fluminense, e por isso gostaria de vê-lo campeão mundial de clubes,
fato que não aconteceu, ainda que tivesse torcido para que a conquista se
realizasse...
Da forma como as coisas estão estabelecidas, aqui e lá, na
Europa, não há dúvidas de que teremos a perpetuação desse abismo econômico e
técnico entre nossos clubes e os deles...
Alguém duvida?
O futebol exige muito mais, e o que serve “aqui”, certamente não é “carimbo” para servir lá fora...
Saudações AvAiAnAs!
O pessoal da mídia, resonsável pela transmissão da final do Mundial apresentou uma explicação que me parece muito procedente. Que o futebol brasileiro em época de fim de ano,
data dos jogos decisivos, está em fim de temporada, ou seja, jogadores em estado físico e mental desgastado, ao passo que a turma da Europa está em meio de campanha. É claro que isso tem a ver com as diferenças de preparo físico entre os contendores. RC.
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