Bom dia, Azurras - nº 5.053
O
REI ESTÁ NU
Diante dos últimos acontecimentos,
depois da eliminação do Avaí na Semifinais do Campeonato Catarinense, impossível
não lembrar do conto do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen,
intitulado “A nova roupa do Rei”...
A história relata que um Rei, muito
severo e vaidoso, que não admitia ser contrariado, apaixonadíssimo por roupas
novas, e gastava com elas tudo o que tinha e podia...
O importante era “ele”, pouco
importando-se com seus súditos, soldados, qualquer outra situação que fizesse
parte de seu reino, teatro, passeios, desde que, por óbvio, pudesse vestir
novos trajes.
O reino por ele comandado era muito
alegre, sempre recebendo muitos visitantes, e numa certa ocasião, chegou vigarista,
sabedor do gosto do monarca, e tramando dar nele um golpe, fingiu-se de tecelão.
Assim se apresentou no palácio,
dizendo-se capaz de tecer os tecidos mais maravilhosos do mundo. E apresentou vantagens nas cores,
desenhos, tecidos, mas até em trajes que possuíam a “qualidade especial” de se
tornar invisíveis aos mais tolos e presunçosos, sem capacidade ou qualidade
para admirar tal arte.
Tocado pela vaidade, o Rei logo se
interessou e o contratou o farsante. Assim sendo, providenciou todos os
materiais que lhe fora solicitado. Fios de ouro, tecidos finos, adereços de
diamantes e tudo que havia de melhor e mais valioso, além, de claro, uma boa quantia
pelo serviço, acomodando o “alfaiate” num atelier para que desenvolvesse seu
trabalho.
Depois de algum tempo, sem ter
notícias da “roupa nova”, o rei foi ao local onde estava sendo confeccionada a
roupa. Viu uma mesa vazia, e o homem fazendo inúmeros movimentos como se
estivesse medindo, costurando, esticando...
Para não transparecer que nada via,
o Rei, diante de seus súditos começou a elogiar o trabalho. Os súditos
presentes, para não contrariá-lo, apesar de nada verem e não passarem por
ignorantes, também elogiaram.
Tempos depois, o “alfaiate” deu o
trabalho por terminado e convocou o Rei para ir vestir a roupa. E o Rei, para
não perder a oportunidade, convocou todo o povo para um desfile onde ele
mostraria sua nova roupa. E assim foi feito...
Com o Rei nu, todos fingindo que
viam as vestes reais, o desfile seguiu, mas não se manifestavam para não
passarem atestado de ignorantes. Até que uma criança, na sua pureza e
inocência, vendo toda aquela encenação, gritou: “O Rei está nu!”.
Pelado ou não, é o que acontece
hoje no Sul da Ilha, onde o “Rei” (chamado de “Príncipe” por alguns) só ouve os
“alfaiates” vindo de fora...
Que pena!
AVAÍ
KINDERMANN SEM PRESIDENTE
Participei na noite de ontem do
podcast “Corneta Avaí”, onde tive o desprazer de ler a “CARTA RENÚNCIA” do
professor Edison Roberto de Souza, em relação a presidência do Avaí Kindermann.
Por razões de saúde, está escrito
na carta, assim como também foi o motivo da saída do então vice-presidente
executivo do Avaí Futebol Clube, Bruno Ribeiro Comicholi, no ano passado.
Desejo ao professor Edison plena
recuperação em seu tratamento, ao mesmo tempo em que lamento sua saída, até
porque, mesmo sem autonomia financeira e administrativa, vinha fazendo um
grande trabalho.
DISPARIDADE
Já escrevi aqui em outras
oportunidades, o presidente Júlio César Heerdt tem que olhar com mais carinho para
o futebol feminino, a não ser que já tenha decidido que o Avaí Kindermann deva disputar divisões inferiores, contrariando toda a história do clube.
O que não se pode aceitar é ter um
Eduardo Barroca ganhando mais do que ganham todas as jogadoras, comissão
técnica e diretoria juntos, em apenas um mês...
E se fizermos um paralelo com o que
ganha Júlio Heerdt, Luciano Kowalski, Lucas Pedrozo, Eduardo Freeland, Barroca
e Florenzano, o absurdo torna-se ainda maior...
BATATADA
Além das abobrinhas que mencionei
na “Bom dia, Azurras” de ontem, há uma outra besteira dita por Júlio Heerdt
naquele programa da CBN no início da semana, que precisa ser questionado.
Diz ele que teremos uma Série B do
Brasileiro duríssima, onde o Avaí enfrentará equipes com orçamentos maiores, o
que é uma realidade...
Porém, se for por orçamento, o Avaí
deveria estar disputando a final de amanhã, mas Júlio Heerdt ficará com o
controle remoto na mão...
PERDIDO
Se esportivamente o Avaí passa por
um desastre nos últimos dois anos e três meses, diria que politicamente o
mandatário avaiano está a cada dia mais isolado, dentro daquele grupelho criado
por ele, e que certamente tem prazo de validade no limite...
Júlio Heerdt vai até o fim do
mandato com suas convicções, mas definitivamente perdeu o apoio político
daqueles que lhe apoiaram. Pode ser campeão Catarinense no próximo ano, e até
conseguir acesso em 2025 (este ano nem considero...), que não terá feito nada
de extraordinário...
Afinal, pegou um time campeão e na
elite do Brasileiro.
DECEPÇÃO
Já externei meu ponto de vista com
a permanência de Eduardo Barroca no comando da equipe. Apesar de festejado pela
mídia nacional, nada conquistou (Copa do Nordeste nem considero, pelas circunstâncias...)
e no Avaí não será diferente.
Teremos um Brasileiro da Série B
dos mais complicados e hoje, com Barroca, vejo outra vez o Avaí brigando na
parte baixa da tabela de classificação, e ouso dizer que não dura muitas
rodadas...
QUALQUER
UM
O Campeonato Catarinense mostrou à
olhos nus, ao menos dois técnicos que armaram suas equipes de forma muito mais eficiente
que Eduardo Barroca, e curiosamente, estão sem clube.
Eduardo Souza, do Barra, chegou às
Semifinais, e Waguinho Dias, ex-Marcílio Dias, que deu um nó em Barroca em
plena Ressacada...
Ainda posso citar Raul Cabral,
ligado ao amigo do clube, Eduardo Uram, que está no Tombense...
Não estou indicando nenhum dos
três, mas afirmo que são mais técnico que o festejado Barroca. Simples assim.
Saudações
AvAiAnAs!
7 Comentários:
Vejam a que nível chegamos, somos obrigados a renovar com o Thales Oleques pq não podemos contratar e os outros dois meia boca estão fora da temporada.
Pelo que se vê, a esperança de que o presidente avaiano acorde do feitiço dos falastrões está praticamente esgotada.
Faltam 21 meses para o fracassado falastrão largar a teta remunerada.
Nem Avaiano de verdade o presidente é...
21 meses vai ser um período muito grande e suficiente para a inércia do presidente permitir que esses cariocas incompetentes e bons de lábia levem o clube às ruínas do ponto de vista técnico e financeiro. Pelo o que se vê vão fazer uma aventura financeira pior do que nos tempos do Battistotti. Vão desperdiçar todo o dinheiro da ligar e sem qualquer êxito no futebol.
Exatamente.
A letargia e submissão do presidente é alarmante, na entrevista última, deu para perceber que está perdido!!
O rei está nú!!!!!
21 meses é tempo suficiente pra ir pra série D.
Os dois da Capital vão se acabar e o Criciúma, sem adversários à altura, aos poucos também irá decair. Em dois anos o futebol do
Estado vai ser coisa do passado. - RC.
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