DAL POZZO, O CARA, by RC
Inegavelmente havia um clima de
insegurança na mente do torcedor Azurra nesta segunda-feira chuvosa. Iríamos enfrentar,
conforme palavras dos homens da mídia, um dos candidatos ao título ou, na pior
das hipóteses, um dos que certamente irão ascender à primeira divisão. Havia
ainda a chuva e um certo temor em relação ao árbitro.
Curiosamente o primeiro tempo foi um
jogo morto, onde cada time deu apenas um chute a gol. Quero dizer, chute
a gol sem acepção daqueles dotados de energia, direção, criatividade.
A impressão era a de que ambas as equipes se temiam reciprocamente, se
respeitavam. O Goiás não conseguiu reeditar apresentações anteriores, quando
sempre mostrou muita força e qualidade.
O treinador Dal Pozzo fez uma leitura
perfeita da primeira etapa. Então entrou com um outro ímpeto, com gana, com raça,
e foi fácil de perceber que mandou o ataque chutar mesmo de fora da área no
segundo tempo. Com três minutos jogados já dois chutes a gol deu o Avaí.
Imagino que a preleção antes da entrada para o segundo foi de mostrar que
o adversário não era "O Bicho" e conseguiu. O Avaí cresceu e foi
melhor em todo o segundo tempo.
O jogador Garcez vem mostrando uma
qualidade muito interessante para um jogador de ataque, a capacidade de
subir para o cabeceio e fazê-lo com objetividade; foi seu terceiro gol de
cabeça. E Poveda sentiu de novo o gosto de mais um gol para sua coleção que
esperamos seja grande. Com um pouco de sorte, pois a bola "rifada"
por um zagueiro chegou a ele. Enfim, os atletas estão recuperando sua
moral perante o torcedor, estão honrando a camisa. Vamos ver, de parte da
diretoria, como irá retribuir.
Mas o nome do jogo, pra mim foi o
treinador Dal Pozzo, pela quarta vez. É a novidade nova. Conseguiu dar alma a
esse grupo de jogadores, que agora nos queimam as línguas, a nós todos que
tanto os depreciamos.
Boa tarde. Não acredito que tenhamos queimado a linguá, não. Continua sendo a mesma turma, mas agora temos uma nova filosofia de jogo, somente isso. Continuam errando a granel, sem força física, com dificuldades de passes, finalizações, tipo finalização, entendem, quase inexistente. Mas o que mudou, um pouco da postura individual, uma zaga que sabe se posicionar e que os zagueiros defendem do dois lados, em longa distância, protegida por 3 jogadores, entre eles Pedro Castro, que longe de ser craque, mas arruma o setor, rouba bolas, sabe fazer cobertura. Pasmem, até o Giovani está correndo e aguentando mais que 20 minutos.
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