quarta-feira, 24 de julho de 2024

QUEREMOS O DAL POZZO DOS PRIMEIROS JOGOS, by RC

Um empate com sabor de derrota. Um empate ainda com algum sabor de "que delícia de bola atrasada," que vimos tantas vezes. Um empate de novo sem coesão e sem tesão. É nas paralisações que a displicência mais vem à tona. O jogo indefinido e o atleta pega a bola sem pressa, sem preocupação com o tempo que se esgota, coloca-a no chão, sem erguer os olhos e toca curtinho para companheiro mais próximo, que olha para os lados e recua para outro e este recua mais ainda, às vezes para o goleiro. Coisas que mais parecem de time de fábrica, ou de casados contra solteiros.

 

Mais um comentário sem paixão. Tão logo terminou o primeiro tempo o pessoal do Premiere enunciou: "Jogo sonolento." Todos concordaram. Claro, o Avaí já não empolga, e é coisa para o Dal Pozzo corrigir, quem não quer lutar, põe no banco.

 

E como um time pode entrar em campo sonolento se está caindo vertiginosamente pela tabela? E nem no pênalti perdido pelo adversário o time vibrou. E por que respeitou tanto o Mirassol, a ponto de ter apenas 33% de posse de bola na etapa inicial, contra 67 do adversário? Números que preocupam. O Dal Pozzo virou retranqueiro? Queremos o Dal Pozzo dos primeiros jogos, com time guerreiro, incansável, procurando o gol nos noventa minutos.

 

Natanael, invadindo a área, foi tocado por um adversário. Caiu e, sem imaginação, sorridente e faceiro, ergueu-se feito um adolescente ingênuo e tudo acabou aí. Deu a deixa para o árbitro, que não gostaria de se incomodar. Se rola de dor no chão, dá força ao árbitro para pedir o VAR e teríamos o pênalti, certamente, porque foi tocado e derrubado. Tanso.

 

Natanael, após grande lance de Vagner Love, chuta forte quando deveria tentar toque por cobertura. A bola chocou-se contra adversário. Tudo bem. Neymar custa caro, a gente entende. Pedro Castro teve chance (23 etapa final). Era chute para o pé esquerdo. Bateu com o direito, a bola raspou a trave, por fora.

 

Wagner Love, um caso à parte. Jogou como um rei, calmo, inteligente, sempre bem colocado, impecável. Pode jogar os noventa minutos pois sabe poupar-se. Ele faz a bola correr.


* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC.

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