terça-feira, 26 de novembro de 2024

Bom dia, Azurras - nº 5.290

REUNIÃO DO CD

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O Conselho Deliberativo do Avaí reúne-se na noite de hoje para apreciação de deliberação do parecer do Conselho Fiscal atinente à proposta de orçamentária de 2024, buscada pela diretoria executiva do clube, na forma do artigo 91 do estatuto do clube.


Procurei analisar cada peça, tanto o pedido do clube, que pode ser conferido AQUI, quanto o parecer do Conselho Fiscal, que pode ser visto AQUI.


Assim como tenho minha opinião, e ela já foi externada dias atrás, de que gastaram mais do que deveriam, há um fato que não pode ser ignorado, a intempestividade da ação da diretoria executiva.


Com todo o respeito que merecem os dirigentes, notadamente os eleitos, agiram de forma irresponsável, até prepotente, em não cumprir “as regras do jogo”.


Uma coisa é receber elogios da mídia esportiva, outra bem diferente é encarar a realidade do clube, gastando como nunca, sem nada conquistar.

 

SAMBA DE UMA NOTA SÓ

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Ao menos no meu entendimento, equivocada sob todos os aspectos a intenção da diretoria executiva do Avaí, em pleno novembro de 2024, querer culpar a gestão passada por todos os seus fracassos.


É sabido, sim, que o clube atravessava enorme dificuldade financeira, assim como era de conhecimento de todos, que em 2022 as receitas aumentariam, por conta da participação no Campeonato Brasileiro da Série A, bem como da Copa do Brasil, face ao título estadual de 2021.


Se é justo falar que a atual gestão pegou um clube com muitas dívidas, também faz-se necessário o reconhecimento de encontrar um time campeão Catarinense e disputando a elite do futebol brasileiro.


Como disse ontem e repito, a proposta de readequação orçamentária da diretoria executiva, poderia ter sido abreviada, e mais que isso, desse samba de uma nota só, sempre jogando a responsabilidade em cima da situação de como encontraram as contas do clube...


Já passou da hora, três anos, para a atual gestão colocar suas digitais no clube...


PÉSSIMO INVESTIMENTO

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O quadro acima é uma demonstração inequívoca de que a atual gestão, que caiu no lero-lero do carioca encantador de serpentes, afirmando que o mercado estava inflacionado e era necessário fazer contratos longos, onerando como nunca a folha salarial do Avaí no Brasileiro da Série B.


Se somarmos os gastos com salários e imagens, teremos 60% dos recursos oriundos da Liga Forte União apenas para isso, um absurdo sem precedentes.


Vale aquela máxima, dinheiro que vem fácil vai-se embora depressa...


Esses 60% gastos de forma irresponsável acaba podando o potencial do clube em investir futuramente.


ABUSO

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Os números foram apresentados pela própria diretoria executiva, onde mostra com clareza solar que o Conselho Deliberativo do clube aprovou um déficit de R$ 32.759.759,00, mas a conta chegou aos R$ 56.663.029,00...


Dessa forma, a readequação orçamentária, dita pela diretoria, é de R$ 23.903.270,00, ou seja, com mais R$ 8.856.489,00, teriam dobrado o déficit para este ano...


A abordagem aqui, da DE, versa sobre o aumento do déficit. Já o trabalho do CF, que veremos na sequência, foca no acréscimo do realizado de custos, independentemente da existência de superávit ou déficit.


Efetivamente, estão trabalhando no Sul da Ilha com a torneira aberta...


DISTORÇÃO

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Até mesmo pelo quadro apresentado na terceira nota, percebe-se que a diretoria executiva investiu muito pouco no clube, e para citar, enquanto clubes como o novato Barra, ou como Fortaleza, Bragantino, Atlético-GO, entre outros, investem pesadamente em seu centro de treinamento, por aqui os diretores tem orgasmos anais por montarem um campo de grama sintética...


Falar das modificações nos bares, pelo simples falto de terem derrubado uma ou outra parede, soa como piada...


Além disso, as lojas, pelo que se sabe, faz parte do negócio entabulado com a nova marca de material esportivo, que bancou todas as reformas, tanto na loja da Ressacada quanto na alugada no Centro.


O mesmo ocorre com o placar eletrônico, colocado numa espécie de permuta...


Melhor encarar a realidade e não distorcer os fatos.


O OVO NA GALINHA

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Partindo para o que está no parecer do Conselho Fiscal acerca da suplementação orçamentária para 2024 apresentada pela diretoria executiva, denota-se que a diretoria usou e abusou da tal verba que viria da Liga Forte União. E pior, antes mesmo que essa verba pingasse o caixa do clube!


O valor então anunciado, R$ 44.813.190,16, acabou sofrendo uma mudança de rota, o que causou transtornos no dia a dia do clube, inclusive desmentindo a versão de superávit colocada pelo ator francês de filme pornô para toda a mídia esportiva...


DA READEQUAÇÃO

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Os efeitos contábeis positivos decorrentes da Recuperação Judicial, não estão contemplados na peça produzida pela DE. Quando houver a homologação, certamente ocorrerá diminuição no déficit.


Entre números gigantes, quiçá catastróficos, esse rombo de R$ 56.663.029,00 é preocupante, ainda que haja a promessa de que a homologação ocorra ainda neste ano, conforme informações do departamento jurídico. 


De uma maneira geral, há que se entender, e esse também é o entendimento do CF, há dois pilares básicos que norteiam esse cavalar equívoco contábil: o primeiro, o erro na formulação da peça orçamentária que foi apresentada ao CD em dezembro próximo passado; em segundo, a intempestividade da comunicação da DE em informar tais equívocos, fazendo somente agora, no apagar das luzes...


NO ESTATUTO

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Bom que se diga, e diferente do que colocou o amigo Luiz Cordeiro, ainda que de forma intempestiva, e veremos isso a seguir pelo parecer do CF, a ação colocada pela DE está respaldada pelo que dispõe o artigo 91 do estatuto do clube.


Ou seja, caba aos conselheiros decidirem se tal medida, ainda que intempestiva, possa ter o respaldo deles.


DIFERENTES

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Pelo que foi apurado pelo CF, o valor a ser readequado no orçamento do clube é de R$ 21.544.678,00, um pouco a menos do que trazido na peça de DE, que é de R$ 23.903.270,00.


Aqui, cabe ressaltar, o CF trabalha com o acréscimo nos custos (item 2.2 do parecer). Não é prioridade eventual aumento no déficit. Esse aumento de déficit, sim, é a abordagem da DE.


CUSTOS EXTRAPOLADOS

Quatro áreas são as responsáveis pelos excessos nas contas da DE, a saber:


A – Despesas Administrativas – Outros Custos e Despesas Administrativas

B – Custos do Futebol Profissional – Rescisões e Indenizações

C –Custos do Futebol Profissional – Outros Custos Futebol Profissional

D – Despesas Administrativas - Financeiras


E nesse aspecto, está bem explicitado pelo parecer do CF, que tomo a liberdade de mencionar apenas e tão somente seus valores.


A - R$ 3.060.634,00

B – R$ 5.324.977,91

C – R$ 6.009.496,00

D – R$ 2.211.439,00


PUBLICIDADE

O item 3 do parecer do CF, que aborda oportunamente o fato da intempestividade, mostra com clareza solar que a DE, bem como a mesa do CD, receberam ofícios emitidos pelo CF, em número de seis, inclusive um relatório semestral, publicado no site do clube, mas nada disso foi divulgado, nem mesmo para os conselheiros...


Em todos os ofícios, escancarava-se o extrapolação dos gastos mensais da DE, que mesmo com os referidos ofícios, seguiu dando de ombros. Por sua vez, a mesa diretiva do CD ficou silente, apesar de ter conhecimento de tais fatos.


Não resta qualquer sombra de dúvidas de que o pleito atual da DE tem respaldo no estatuto do clube, ainda que intempestivo. Da mesma forma, se o CF deu-se ao trabalho de apontar os excessos cometidos, caberia à mesa do CD, no mínimo, fazer publicidade aos seus integrantes, hoje em quase 300 conselheiros.


Estranho tal constatação, até porque em programas na mídia esportiva, o CD respalda a DE...


CONCLUSÃO

Cada um que tire a sua...


Todavia, quando se está tratando dessa suplementação orçamentária, bom esclarecer, não se está tratando de despesas novas, mas, custos que fazem parte do dia-a-dia do clube, os quais ocorreram, por exemplo, também em 2023...


Houve, sim, um erro na peça orçamentária, que causou todo esse transtorno, inclusive na demissão de um dos “PhD’s” contratados pelo atual mandatário, além, claro, da comunicação intempestiva da DE para com CF e CD.


O parecer do CF, pelos erros inerente à custos comuns a outros e exercícios, cumulado à existência de recursos para cumprimento das obrigações já contratadas para 2024), entendeu que o mais razoável seria a aprovação com ressalvas.





Saudações AvAiAnAs!

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