Bom dia, Azurras - nº 5.344
O PODEROSO CHEFÃO
No início dos anos 70, mais precisamente em
1972, tivemos no cinema o lançamento de um filme que foi sucesso absoluto, “O
Poderoso Chefão” é um filme norte-americano de crime, dirigido pelo
consagrado Francis Ford Coppola, cujo protagonista foi Marlon Brando.
O enredo
mostra uma história de uma família mafiosa, nos anos 40, após a Segunda Guerra
Mundial, que buscava manter sua supremacia nos negócios, ainda que precisasse “mudar
as regras do jogo” para seguir seu rumo de prosperidade.
Marlon
Brando, interpretando o patriarca Don Vito Corleone, tinha seus métodos para
conseguir seus objetivos, indo pelo suborno da polícia e mantendo ligações com
figuras extremamente poderosas que lhe garantem uma gigantesca influência
política.
Um filme que
reúne Máfia, drama, crime, ação, mistério, e até romance, por óbvio não poderia
ser qualquer historinha, mas trazendo para os dias atuais, esse “tráfego de
influência”, tal qual tinha Don Corleone, pode mudar muitas histórias, e
acredite, até mesmo no futebol...
E por falar
em futebol, temos vários exemplos de “Corleones” no futebol brasileiro,
notadamente aqueles que se sentam nas cadeiras da CBF, bem como das federações,
e em comum, o fato de sentarem sem data para levantar a bundinha de suas
respectivas poltronas...
Mas não vamos
nos enganar, também nos clubes de futebol temos outro tipo de “Corleones”, cujos
interesses são os mais diversos possíveis e imagináveis. O folclórico Eurico
Miranda, por exemplo, entre cargos na direção e presidência do Vasco da Gama,
ficou em São Januário por 42 anos...
Mário Celso
Petraglia, que completa 81 anos em fevereiro, tem “apenas” 40 anos de Athletico
Paranaense, e verdade seja dita, mudou o Furacão original de patamar, numa
política muito mais clara que a do vascaíno citado...
No Sul da
Ilha, ainda que de forma embrionária, estão cultivando uma espécie de “Poderoso
Chefão”, aquele que atropela Conselho Deliberativo, rasga o estatuto do clube,
buscando respaldo em sua “tropa de choque” e na mídia boca alugada, sempre com
pauta combinada...
COPINHA SÃO PAULO
Pela 55ª edição
da Copa São Paulo de Futebol Júnior, tivemos neste fim de semana a definição
das equipes semifinalistas, assim como os confrontos que serão jogados amanhã e
quarta-feira, que são os seguintes:
1 – Criciúma x
São Paulo - 21/01/2025
2 – Corinthians x
Grêmio - 22/01/2025
Como todos os
anos, a grande final será disputada no dia 25 de janeiro, data de aniversário
da capital paulista, que no sábado completa 471 anos.
ERA DO AVAÍ
Não estou tocando
nesse assunto da Copinha SP por acaso, mas por Santa Catarina ter um representante
entre os semifinalistas, o que não é inédito, mas não acontece frequência. O
Avaí, por exemplo, foi semifinalista em 2009.
Todavia, também
não é só por causa do Tigre que estou falando da Copinha, mas por seu destaque,
Kauã Lira Santos, de 17 anos, natural de Itajaí, que até ano passado
apresentava seu belo futebol no Sul da Ilha, defendendo o Leão.
Kauã, destaque do
Tigre na Copinha, foi vendido ao Palmeiras, que comprou 10% dos direitos
econômicos do atleta por R$ 200 mil, e caso a metas forem atingidas, o Verdão
paulista pode adquirir até 70% dos direitos econômicos, rendendo ao cofre do
time do Sul do Estado até R$ 2,5 milhões...
No Sul da Ilha,
dispensaram porque diziam que era “indisciplinado”, fato natural num jovem que completa
18 anos quinta-feira, dia 23, e que muito provavelmente não tenha tido formação
no exterior, como nossos dirigentes...
Gostaria de ver a
manifestação de Fabiano Pierri e “Robertinho” Braga...
LIDERANÇA
COMPARTILHADA
O
Avaí, ao menos temporariamente, perdeu a liderança do Campeonato Catarinense
com os jogos da rodada de ontem, quando a Chapecoense, jogando em seu novo “domicílio”,
Xanxerê, venceu o Marcílio Dias por 1 a 0.
As
equipes, Leão da Ilha e Verdão d’Oeste, estão com campanhas absolutamente
semelhantes, ambas com 4 pontos ganhos, uma vitória, um empate e saldo positivo
de um gol.
Todavia,
pelo critério de desempate, que expliquei antes mesmo de começar a segunda
rodada, o time do Oeste está em vantagem por ter feito dois gols nos dois
jogos, enquanto que o Avaí marcou apenas na vitória contra o Santa Catarina.
Na
terceira rodada, as duas equipes jogam fora de seus domínios, enquanto o Avaí
vai até Nova Veneza enfrentar o Caravaggio, a Chapecoense joga em Brusque, com
o time que empresta o nome da cidade.
Será
que recuperamos a liderança, ou seguiremos na “liderança compartilhada”?
JOGO
COMPLICADO
Como mencionei na “Bom dia, Azurras” de ontem, daria uma
atenção maior para a partida de Rio do Sul, Santa Catarina x Caravaggio, até
porque estava em campo o próximo adversário do Avaí, e foi o que efetivamente
fiz.
Diria que o primeiro tempo, Santa Catarina 2 a 1, foi o
melhor jogo que assisti até aqui no Catarinense, e o placar final, 3 a 1 para
os donos da casa, foi mais do que justo, com o visitante encontrando muitas
dificuldades para achar seu jogo.
Todavia, ainda que o time do Rio do Sul tenha feito por
merecer a vitória, diria que a equipe de Nova Veneza, mesmo perdendo, mostrou
muito mais futebol que o Brusque jogando em seus domínios no último sábado.
E vou mais além: os comandados de Enderson Moreira terão mais
dificuldades na quarta-feira, no Sul do Estado, do que na partida naquele
tapetinho horroroso de Brusque.
DEU
A LÓGICA
Dois aspectos sobre os jogos da segunda rodada, e consequentemente,
a decisão da Recopa. Não acompanhei a partida do Sul do Estado, mas parece-me
que o placar de 2 a 0 veio ao natural, dando a lógica do Criciúma campeão da
Recopa.
Em relação ao demais jogos, deixo apenas um dado, do qual não
podemos fugir: em 11 jogos disputados,
tivemos apenas quatro vencedores, e não por acaso dominam as quatro primeiras
posições na tabela de classificação.
Foram 7 empates, 63,63% das partidas disputadas até agora, o
que evidencia um grande equilíbrio nesse início de competição. Menos mal. Ao
menos até o momento, vejo o Avaí numa crescente, com amplas chances de melhorar
seu desempenho no decorrer da competição.
TRANQUILIZADORA
Importante
sob todos os aspectos a nota divulgada pelo Avaí sobre o estado de saúde do
zagueiro Eduardo Brock, que na partida contra o Brusque, no último sábado, 0 a
0, deixou o estádio de ambulância na metade do segundo tempo.
Ao
que tudo indica, o zagueiro e capitão avaiano estará em campo na próxima
quarta-feira, em Nova Veneza, no confronto inédito contra o dono da casa, o
Caravaggio, que empatou na estreia contra a Chapecoense, em casa, e ontem
perdeu para o Santa Catarina, em Rio do Sul.
O
bom estado de saúde de Eduardo Brock foi a boa notícia de domingo.
SEM DEIXAR
SAUDADES
O
anúncio da rescisão de contrato de William Pottker com o Avaí na última
sexta-feira, ganhou espaço no “Blog do Tarnowsky” apenas com a comunicação do
clube, mas hoje volto ao assunto para abordar dois aspectos.
Primeiro,
longe de ser craque, o atacante teve uma passagem de razoável para boa no
rebaixamento do Brasileiro da Série A em 2022. Até por isso, depois de ter ido
para o Coxa, se justificava o retorno no fim de 2023, para a temporada
seguinte. O que não se justifica era um contrato tão longo, até o fim deste
ano, com valor nos três dígitos. O fato de não ter “acertado o pé” em sua
segunda passagem, diz respeito mais ao comportamento do jogador, que propriamente
dos dirigentes. O ex-conselheiro do clube, Newton Ferraz D’Ely, sabe bem do que
estou falando.
Segundo,
apesar de ser uma contratação aprovada pela torcida avaiana, foi um risco que o
Avaí correu, até porque a fase no Coxa foi a pior possível. Por óbvio, a
referida rescisão, dizem que foi contratado pelo Atlético Goianiense, não deve
ter saído barata, até porque jogador de futebol não costuma rasgar din-din,
diferente de muitos dirigentes...
LIÇÃO
O
exemplo de William Pottker é o mais evidenciado dos erros cometidos pela atual
gestão. Contrato longo e caro, com um jogador que tinha outros interesses, bem
diferentes dos objetivos do clube.
As
saídas de Tiago Pagnussat, bem como de Pottker, precisam ganhar novos adeptos,
já divulgados pelo técnico Enderson Moreira, até porque não serão aproveitados
no clube, ainda que com contrato em vigor.
Contratos
longos, com jogadores que já passaram dos 30 anos, definitivamente não é um bom
negócio, e acho difícil o executivo de futebol, responsável por tais
contratações, justificar tanto dinheiro jogado fora.
Pagnussat,
34 anos, Pottker, 31. Natanael, 34 anos, Ronaldo Henrique, 30 e João Paulo, 34.
Somados, chegaríamos na época do rascunho da bíblia...
A
torcida pelas rescisões de Natanael, Ronaldo Henrique e João Paulo, é
gigantesca e se fazem necessárias para oxigenar o cofre do clube.
Saudações
AvAiAnAs!
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