segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Bom dia, Azurras - nº 5.344

O PODEROSO CHEFÃO

No início dos anos 70, mais precisamente em 1972, tivemos no cinema o lançamento de um filme que foi sucesso absoluto, “O Poderoso Chefão” é um filme norte-americano de crime, dirigido pelo consagrado Francis Ford Coppola, cujo protagonista foi Marlon Brando.

 

O enredo mostra uma história de uma família mafiosa, nos anos 40, após a Segunda Guerra Mundial, que buscava manter sua supremacia nos negócios, ainda que precisasse “mudar as regras do jogo” para seguir seu rumo de prosperidade.

 

Marlon Brando, interpretando o patriarca Don Vito Corleone, tinha seus métodos para conseguir seus objetivos, indo pelo suborno da polícia e mantendo ligações com figuras extremamente poderosas que lhe garantem uma gigantesca influência política.

 

Um filme que reúne Máfia, drama, crime, ação, mistério, e até romance, por óbvio não poderia ser qualquer historinha, mas trazendo para os dias atuais, esse “tráfego de influência”, tal qual tinha Don Corleone, pode mudar muitas histórias, e acredite, até mesmo no futebol...

 

E por falar em futebol, temos vários exemplos de “Corleones” no futebol brasileiro, notadamente aqueles que se sentam nas cadeiras da CBF, bem como das federações, e em comum, o fato de sentarem sem data para levantar a bundinha de suas respectivas poltronas...

 

Mas não vamos nos enganar, também nos clubes de futebol temos outro tipo de “Corleones”, cujos interesses são os mais diversos possíveis e imagináveis. O folclórico Eurico Miranda, por exemplo, entre cargos na direção e presidência do Vasco da Gama, ficou em São Januário por 42 anos...

 

Mário Celso Petraglia, que completa 81 anos em fevereiro, tem “apenas” 40 anos de Athletico Paranaense, e verdade seja dita, mudou o Furacão original de patamar, numa política muito mais clara que a do vascaíno citado...

 

No Sul da Ilha, ainda que de forma embrionária, estão cultivando uma espécie de “Poderoso Chefão”, aquele que atropela Conselho Deliberativo, rasga o estatuto do clube, buscando respaldo em sua “tropa de choque” e na mídia boca alugada, sempre com pauta combinada...

 

COPINHA SÃO PAULO

Pela 55ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, tivemos neste fim de semana a definição das equipes semifinalistas, assim como os confrontos que serão jogados amanhã e quarta-feira, que são os seguintes:

 

1 – Criciúma x São Paulo - 21/01/2025

2 – Corinthians x Grêmio - 22/01/2025

 

Como todos os anos, a grande final será disputada no dia 25 de janeiro, data de aniversário da capital paulista, que no sábado completa 471 anos.

 

ERA DO AVAÍ


Não estou tocando nesse assunto da Copinha SP por acaso, mas por Santa Catarina ter um representante entre os semifinalistas, o que não é inédito, mas não acontece frequência. O Avaí, por exemplo, foi semifinalista em 2009.

 

Todavia, também não é só por causa do Tigre que estou falando da Copinha, mas por seu destaque, Kauã Lira Santos, de 17 anos, natural de Itajaí, que até ano passado apresentava seu belo futebol no Sul da Ilha, defendendo o Leão.

 

Kauã, destaque do Tigre na Copinha, foi vendido ao Palmeiras, que comprou 10% dos direitos econômicos do atleta por R$ 200 mil, e caso a metas forem atingidas, o Verdão paulista pode adquirir até 70% dos direitos econômicos, rendendo ao cofre do time do Sul do Estado até R$ 2,5 milhões...

 

No Sul da Ilha, dispensaram porque diziam que era “indisciplinado”, fato natural num jovem que completa 18 anos quinta-feira, dia 23, e que muito provavelmente não tenha tido formação no exterior, como nossos dirigentes...

 

Gostaria de ver a manifestação de Fabiano Pierri e “Robertinho” Braga...

 

LIDERANÇA COMPARTILHADA

O Avaí, ao menos temporariamente, perdeu a liderança do Campeonato Catarinense com os jogos da rodada de ontem, quando a Chapecoense, jogando em seu novo “domicílio”, Xanxerê, venceu o Marcílio Dias por 1 a 0.

 

As equipes, Leão da Ilha e Verdão d’Oeste, estão com campanhas absolutamente semelhantes, ambas com 4 pontos ganhos, uma vitória, um empate e saldo positivo de um gol.

 

Todavia, pelo critério de desempate, que expliquei antes mesmo de começar a segunda rodada, o time do Oeste está em vantagem por ter feito dois gols nos dois jogos, enquanto que o Avaí marcou apenas na vitória contra o Santa Catarina.

 

Na terceira rodada, as duas equipes jogam fora de seus domínios, enquanto o Avaí vai até Nova Veneza enfrentar o Caravaggio, a Chapecoense joga em Brusque, com o time que empresta o nome da cidade.

 

Será que recuperamos a liderança, ou seguiremos na “liderança compartilhada”?

 

JOGO COMPLICADO

Como mencionei na “Bom dia, Azurras” de ontem, daria uma atenção maior para a partida de Rio do Sul, Santa Catarina x Caravaggio, até porque estava em campo o próximo adversário do Avaí, e foi o que efetivamente fiz.

 

Diria que o primeiro tempo, Santa Catarina 2 a 1, foi o melhor jogo que assisti até aqui no Catarinense, e o placar final, 3 a 1 para os donos da casa, foi mais do que justo, com o visitante encontrando muitas dificuldades para achar seu jogo.

 

Todavia, ainda que o time do Rio do Sul tenha feito por merecer a vitória, diria que a equipe de Nova Veneza, mesmo perdendo, mostrou muito mais futebol que o Brusque jogando em seus domínios no último sábado.

 

E vou mais além: os comandados de Enderson Moreira terão mais dificuldades na quarta-feira, no Sul do Estado, do que na partida naquele tapetinho horroroso de Brusque.

 

DEU A LÓGICA

Dois aspectos sobre os jogos da segunda rodada, e consequentemente, a decisão da Recopa. Não acompanhei a partida do Sul do Estado, mas parece-me que o placar de 2 a 0 veio ao natural, dando a lógica do Criciúma campeão da Recopa.

 

Em relação ao demais jogos, deixo apenas um dado, do qual não podemos fugir:  em 11 jogos disputados, tivemos apenas quatro vencedores, e não por acaso dominam as quatro primeiras posições na tabela de classificação.

 

Foram 7 empates, 63,63% das partidas disputadas até agora, o que evidencia um grande equilíbrio nesse início de competição. Menos mal. Ao menos até o momento, vejo o Avaí numa crescente, com amplas chances de melhorar seu desempenho no decorrer da competição.

 

TRANQUILIZADORA

Importante sob todos os aspectos a nota divulgada pelo Avaí sobre o estado de saúde do zagueiro Eduardo Brock, que na partida contra o Brusque, no último sábado, 0 a 0, deixou o estádio de ambulância na metade do segundo tempo.

 

Ao que tudo indica, o zagueiro e capitão avaiano estará em campo na próxima quarta-feira, em Nova Veneza, no confronto inédito contra o dono da casa, o Caravaggio, que empatou na estreia contra a Chapecoense, em casa, e ontem perdeu para o Santa Catarina, em Rio do Sul.

 

O bom estado de saúde de Eduardo Brock foi a boa notícia de domingo.

 

SEM DEIXAR SAUDADES

O anúncio da rescisão de contrato de William Pottker com o Avaí na última sexta-feira, ganhou espaço no “Blog do Tarnowsky” apenas com a comunicação do clube, mas hoje volto ao assunto para abordar dois aspectos.

 

Primeiro, longe de ser craque, o atacante teve uma passagem de razoável para boa no rebaixamento do Brasileiro da Série A em 2022. Até por isso, depois de ter ido para o Coxa, se justificava o retorno no fim de 2023, para a temporada seguinte. O que não se justifica era um contrato tão longo, até o fim deste ano, com valor nos três dígitos. O fato de não ter “acertado o pé” em sua segunda passagem, diz respeito mais ao comportamento do jogador, que propriamente dos dirigentes. O ex-conselheiro do clube, Newton Ferraz D’Ely, sabe bem do que estou falando.

 

Segundo, apesar de ser uma contratação aprovada pela torcida avaiana, foi um risco que o Avaí correu, até porque a fase no Coxa foi a pior possível. Por óbvio, a referida rescisão, dizem que foi contratado pelo Atlético Goianiense, não deve ter saído barata, até porque jogador de futebol não costuma rasgar din-din, diferente de muitos dirigentes...

 

LIÇÃO

O exemplo de William Pottker é o mais evidenciado dos erros cometidos pela atual gestão. Contrato longo e caro, com um jogador que tinha outros interesses, bem diferentes dos objetivos do clube.

 

As saídas de Tiago Pagnussat, bem como de Pottker, precisam ganhar novos adeptos, já divulgados pelo técnico Enderson Moreira, até porque não serão aproveitados no clube, ainda que com contrato em vigor.

 

Contratos longos, com jogadores que já passaram dos 30 anos, definitivamente não é um bom negócio, e acho difícil o executivo de futebol, responsável por tais contratações, justificar tanto dinheiro jogado fora.

 

Pagnussat, 34 anos, Pottker, 31. Natanael, 34 anos, Ronaldo Henrique, 30 e João Paulo, 34. Somados, chegaríamos na época do rascunho da bíblia...

 

A torcida pelas rescisões de Natanael, Ronaldo Henrique e João Paulo, é gigantesca e se fazem necessárias para oxigenar o cofre do clube.

 

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!

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