Bom dia, Azurras - nº 5.352
ZÉ CARLOS, UM AVAIANO
Os
mais rodados, eu incluso, lamentaram o falecimento de José Carlos da Silva, de
74 anos, mais conhecido como Zé Carlos, que foi goleiro do Avaí de 1977 a 1982,
na época do saudoso estádio Adolfo Konder.
Segundo
o amigo e pesquisador Spyros Apóstolo Diamantaras, Zé Carlos foi o goleiro que
mais defendeu a meta do Avaí nos seus 101 anos de história, com 251 jogos, no
período supracitado. Lembro bem de Zé Carlos, suas defesas e seu vozeirão
comandando o time.
No
pôster da Revista Placar, Zé Carlos no meio de feras, como Orivaldo, Veneza,
Ademir, Balduíno, Renato Sá e Lico, que brilharam por aqui, junto com ele, e em
outros grandes clubes do futebol brasileiro.
Anos
atrás, por volta de 2012, num bar de Porto Belo, sua cidade natal e onde vivia,
encontrei com Zé Carlos, sempre um bom papo. Nos últimos tempos, tinha virado “chef”,
sempre com grandes churrascos e peixadas.
Nesse
encontro, em foto que vou tentar resgatar, perguntei a ele por que sempre
aparece nas fotos com a cabeça virada, em ângulo de 45 graus, e a resposta veio
de bate-pronto: “É meu melhor ângulo!”
De
certa forma, a perda de Zé Carlos deixa mais um vácuo na história do Avaí Futebol
Clube, uma espécie de empobrecimento, até porque tratava-se de um legítimo
avaiano, daqueles que tem o DNA avaiano.
Nota
triste nessa terça-feira, em seu velório e sepultamento, o clube não se fez
representar, nem mesmo enviou uma bandeira para colocar sobre o caixão. Essa atual
gestão não conhece nada da história do clube, muito menos o que sempre
apregoaram: DNA avaiano!
E
falo isso com a autoridade de quem acompanhou “in loco”, metade dos 18 títulos
do Avaí Futebol Clube!
Descanses
em paz, Zé Carlos! Muito obrigado por tudo e desculpes esse deslize no final...
ATUALIZANDO
Diante da expectativa gerada, mas com um rendimento
muito abaixo do que se esperava para esse início de Campeonato Catarinense,
resolvi atualizar os números da gestão de Júlio César Heerdt, englobando todos
os 175 jogos desde janeiro de 2022, até a última partida, o Clássico na
Ressacada.
Creio que a arte acima é bastante clara, até por
isso, ao que tudo indica, ao menos os números indicam isso, mais um fracasso que
se avizinha, o que poderia ser trágico para a história do clube, jejum de
quatro anos nos tempos atuais.
Os números falam por si, escancaram um desempenho
pífio ao longo dos três anos de gestão, e para piorar a situação, na atual
temporada está se gastando como nunca, tal qual a temporada passada.
O desempenho do time no último Brasileiro da Série
B foi de 46,049% de aproveitamento, um pouco melhor que o do mandatário nesse
período de gestão, que é de 40,57%, mas sejamos sensatos, um autêntico DNA de
perdedores...
ANO A ANO
Pode parecer piada, mas não é. Para que se possa
entender um pouco mais da planilha acima, até para que fique ainda mais
“pesada”, mais robusta, basta descrevermos o rol dos fracassos de 2022 para cá.
Convém lembrar, apesar de toda a crise financeira
com que encontrou o clube, o Avaí estava na elite do futebol brasileiro,
participava da Copa do Brasil, além de disputar a nossa competição doméstica, o
Catarinense.
Para este ano de 2025, por exemplo, o calendário
avaiano aponta para duas competições, Catarinense e Brasileiro da Série B. E
segundo o encantador de serpentes, o clube analisa se participará da Copa SC...
Não parece, essa gestão é uma piada!
2022
O primeiro ano da atual gestão envolveu a participação
em quatro competições, Recopa, Catarinense, Copa do Brasil, e Brasileirão, e
por óbvio, sem êxito em nenhuma delas. Os principais fatos foram:
* Perda da Recopa em plena Ressacada para o time do
Canto (único título deles na nossa bela Ressacada);
* 8º colocado no Campeonato Catarinense (levando goleada
de 4 a 1 para o rival, sendo eliminado nas Quartas, pelo Brusque);
* Eliminação da 2ª fase da Copa do Brasil para o
Ceilândia;
* Rebaixado no Brasileirão com a 19ª colocação.
2023
O segundo
ano da atual gestão também não foi dos melhores, e outra vez com quatro
competições, Catarinense, Copa do Brasil, Brasileiro da Série B e Copa SC,
novamente sem nada conquistar. Dessa vez, os principais fatos foram:
* 5º colocado no Campeonato
Catarinense (caiu na Quartas, para o Criciúma, nos pênaltis);
* Eliminação na 1ª fase da Copa
do Brasil para o “glorioso” Retrô-PE;
* Eliminado nas semifinais da
Copa SC, pelo Concórdia;
* 13º colocado no Brasileiro da
Série B.
2024
Ano passado
também não foi uma Brastemp, mais um ano de “secura”, nas duas competições que
disputou, Catarinense e Brasileiro da Série B, até porque não havia conquistado
vaga para a Copa do Brasil. Os principais fatos negativos foram, até porque
nada há de positivo:
* 3º colocado no Campeonato
Catarinense (eliminado nas semifinais pelo Brusque);
* Sem participação na Copa do
Brasil;
* 10º colocado no Brasileiro da
Série B;
* Rebaixamento do Avaí
Kindermann.
2025
Para este ano, apenas Catarinense
e Brasileiro Série B, outra vez, e por enquanto, um aproveitamento irrisório na
nossa competição doméstica, com apenas uma vitória em quatro jogos, além de
perder o Clássico.
Hoje o Avaí tem a maior folha
salarial da competição, mas esses gastos não traduzem para melhor desempenho
dentro de campo, com o time de Enderson Moreira amargando a 7ª colocação na competição
até aqui...
Preocupante!
FRACO
Não vou discutir o histórico do técnico
Enderson Moreira, mas seu desempenho no Avaí tem sido pífio. No returno do
Brasileiro da Série B do ano passado, teve um rendimento de apenas 49,12%, em
19 jogos, com 8 vitórias, 4 empates, 7 derrotas, marcando 19 gols e sofrendo
17, saldo positivo de 2 gols.
No Catarinense até aqui, quatro
jogos, uma vitória, dois empates, uma derrota, um gol marcado, outro sofrido, sem
saldo, e 33,33% de aproveitamento.
No geral, 23 jogos, 9 vitórias, 6
empates, 8 derrotas, 20 gols marcados, 18 sofridos, 2 de saldo, e 43,47% de
aproveitamento.
Muito pouco...
DESSERVIÇO
Por
obra e graça da Claro, passei a terça-feira praticamente inteira quase que
incomunicável, sem acesso à Internet, sem conseguir acessar ao “Blog do
Tarnowsky”...
A
“Bom dia, Azurras”, num primeiro momento, virou “Boa tarde, Azurras”, mas por
conta dos atrasos da referida empresa, acabou mesmo sendo um “Boa noite,
Azurras”...
Voltamos
à programação normal!
Saudações
AvAiAnAs!
2 Comentários:
André, mas um equívoco da atual gestão foi a permanência de Enderson Moreira e Eduardo Freeland (apesar de algumas contratações terem sido melhores apesar do fraco desempenho até agora)assim como foram as renovações na época de Claudinei Oliveira e Barroca. Tudo isso só pra peitar a torcida.
Essa entrega das uvas à raposa já havia sido praticada pelo Time do Canto. A gente via os torcedores esbravejando e a dívida do clube aumentando e ninguém segurou a barra, até que desceu para a série C, de onde não consegue sair. Não havia como fazer-se um contrato menos beatífico ao contratado, que possibilitasse em dado momento uma pisada no freio do seu esbanjamento? RC.
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