MINHA VISÃO SOBRE A EVENTUAL SAF “ AVAI F.C. “, by Anatólio Pinheiro Guimarães Filho

                                             

                                         Tendo manifestado publicamente para diversas pessoas, minha intenção de concorrer ao cargo de Presidente Executivo do Avai Futebol Clube nas eleições que serão realizadas este ano, é importante e mais do que isso, indispensável,  que expresse minha posição e minhas ideias, a respeito dessa possibilidade que é mais do que concreta, da transformação em SAF,face os rumos que o futebol profissional esta tomando, no mundo inteiro e, agora, mais recentemente, no Brasil.

                                       Assim, é preciso dizer que essa forma, inovadora de administração do futebol, deve vir carregada de otimismo, mas também de preocupações. E, se adotada, deve ser com inteligência e com inovações para não seguir esse modelo atual e único, que pode levar o Clube ao fracasso total.

                                        Otimismo, diante da possibilidade do Clube resolver suas pendências financeiras que se prolongam por anos, e preocupações,  porque não se pode transferir a entidade, para terceiros, sem que esse processo seja cercado de cláusulas que garantam, acima de tudo, a preservação do bom nome e as tradições do Clube que, até aqui, bem ou mal, conseguiu sobreviver por mais de 100 anos.

                                          E, esse contrato não poder ser feito por profissionais que tenham conhecimento jurídico, mas sem inteligência, para preservar o Clube de todo e qualquer risco. E é aí que eu entro, com a riqueza que Deus me proporcionou para pensar e fazer contratos com segurança jurídica.

                                         Deste modo, inicio esta manifestação, propondo um enigma que vou explicar mais à frente: “ NEGOCIAR OS GALHOS PARA FORTALECER O TRONCO. “

                                          E, com isso, passo a dizer que, com a possibilidade da transformação do Clube, em SAF, duas entidades distintas passarão a existir: o Avai como sociedade civil de pessoas, e a Sociedade Anônima de Futebol, Avai FC.

                                           Porém, esse formato, me sugere a figura de uma pessoa, com um braço só, e a minha ideia pessoal, é a de transformar esse formato, em uma pessoa, com muitos braços.

                                         Explico: o Avai, como entidade que pratica o futebol profissional, também pratica outras modalidades, como, por exemplo, ciclismo, futebol de salão, basquete, futebol feminino,  etc.

                                            E, todas essas atividades trazem e representam despesas, sem que, contudo, proporcionem lucros ou, até, a garantia de auto subsistência.

                                          Assim, ao transformar o Avai Futebol Clube, numa SAF,é preciso pensar que se pode, também, transformá-lo em uma holding, com muitas SAFs.  E elas seriam: a SAF DO FUTEBOL PROFISSIONAL, a SAF DO FUTEBOL FEMININO, a SAF DO CICLISMO, a SAF DO BASQUETE, a SAF DO FUTEBOL DE SALÃO, e, porque não dizer, a SAF DO VOLEIBOL, que é outra modalidade que se expandiu no mundo inteiro e que, no Brasil, vai ganhando força e competitividade.

                                                Partindo dessa premissa, o enigma começa a ganhar corpo e forma, ou seja, um tronco, com muitos galhos.

                                             Lançada a ideia, pode-se agora, abordar o assunto pelo lado prático.

                                             Evidentemente que, em termos práticos, eventuais interessados apareceriam, apenas, para a SAF FUTEBOL PROFISSIONAL.

                                               Contudo, sabe-se perfeitamente que, por trás de todas as modalidades, existem as empresas comerciais, que se sustentam na fabricação dos produtos.

                                               Tomando-se como exemplo, o ciclismo, porque não, uma grande fabricante de bicicletas, assumir a SAF CICLISMO para, usando o nome do AVAI, que é uma marca conhecida nacionalmente, e com amplo espaço nos noticiários esportivos, assumir o Clube, através dessa SAF, e levar consigo todos os atletas e todas as despesas que se tem com essa modalidade?

                                                 Mesmo que, para isso, o Clube não receba grande receitas, na cessão do seu direito, mas com certeza, estará evitando despesas.

                                             E, o mesmo raciocínio vale para todas as modalidades.

                                              Agora, o mais principal, o contrato de transferência dos direitos.

                                               Não vi, não li e nem conheço nenhum dos contratos que foram firmados pelos Clubes, com os respectivos cessionários, que assumiram a direção das SAFs até aqui existentes.

                                                 Mas, pelo que sei, como advogado que sou,  nenhum deles teve a preocupação de inserir cláusulas resolutivas, que autorizam o cancelamento dos direitos cedidos, caso o CEDENTE,  venha se envolver em escândalos financeiros ou fraudes, que manchem o bom nome do Clube.

                                                De igual modo, vale o mesmo pensamento em caso de gestão temerária, ou improba,  considerando-se ela, como a que não produziu resultados técnicos evolutivos durante o tempo de cessão, ou que se envolveu em falcatruas que mancharam o nome da instituição.

                                                 Assim sendo, a cessão deve ser feita, com previsão de êxito, o qual, inexistindo, autorize e rescisão.

                                                      E, nesse processo que estou sugerindo, a menina dos olhos do Clube, as categorias de base ou formação profissional,  não seriam transferidas para a SAF.

                                                       Assim, a receita do tronco ficaria resguardada, e consistiria, basicamente, na arrecadação dos sócios, na comercialização de atletas da base que poderiam ser feitas preferencialmente, para a SAF AVAI, e, também, a arrecadação com comercialização de camisas e outros produtos, marketing,  bem como shows e eventos diversos. E, em relação ás categorias de base deixo para expor, em futuro próximo, o grande plano para arregimentação de atletas, de todo o Brasil, a custo zero.

                                                          Finalizando, esclareço que, de nenhuma maneira, o patrimônio imobiliário seria envolvido na criação de qualquer uma dessas SAFs,  porque hoje ele é, o único e verdadeiro bem que o Avai F.C. possui.

                                                          E, mesmo correndo o risco de clonagem, com a apropriação das minhas ideias, por pessoas sem nenhum escrúpulo ou respeito à criação alheia,  me apresso e me arrisco a divulgá-las para que o torcedor avaiano tenha conhecimento de um pouco de tudo aquilo que posso realizar pelo nosso Clube, caso seja eleito o seu Presidente Executivo, com apenas uma promessa: de uma gestão proba e eficiente, sustentada pela riqueza da inteligência que Deus me concedeu. E, por isso, vou divulgar, também, o planejamento que fiz para a administração do Clube. Este documento, para preservar direitos, será levado a registro no Cartório de Títulos e Documentos.  Assim, se gostou desta pequena amostra, espalhe para seus amigos e associados, porque para me eleger, vou precisar de votos, inclusive o seu.

                                        Florianópolis, 15 de janeiro de 2025.

 

                                          Anatólio Pinheiro Guimarães Filho

                                                          Sócio do Avaí FC

* Na foto, Anatólio Pinheiro Guimarães Filho sendo homenageado pela diretoria executiva do Avaí no aniversário de 101 do clube.