RAPIDEZ E INTENSIDADE, by Amauri Soares

Ganhamos, e isso foi bom. Já estamos no topo da tabela, mesmo com um único gol marcado.

 

Mas óbvio que não são só flores! Um camarada de quem eu estava perto durante o jogo, logo em seguida ao gol do Avaí ficou naquela agonia de pedir pro jogo acabar, faltando mais de 20 minutos. E olha que ele estava otimista, dizendo que a "camisa pesa" e por isso a vitória seria nossa (como foi). Mas o Santa Catarina estava mais atacando do que se defendendo na parte final do jogo. E a turma olhava pro relógio pra ver quando acabariam os intermináveis 5 minutos de acréscimo.

 

Temos bons jogadores no nosso elenco, especialmente os que foram contratados agora e jogaram quarta. Mas não dá para não ver: vai ano e vem ano e o nosso time se apresenta acima do peso, e muitos ficam assim o ano inteiro. Quarta, no começo do jogo, pra cada jogador do Santa Catarina, tinha um jogador do Avaí com 20 kg a mais. Raras exceções. Os magrinhos do Santa Catarina chegavam quase sempre antes.

 

Tomamos cartões desnecessários (e pelo menos um injusto) porque os nossos atletas chegavam depois do adversário nas bolas divididas.

 

Sei que é começo de temporada, mas isso tem sido uma constante no Avaí, há alguns anos, mesmo lá no meio da temporada. Jogador em começo de carreira ou mesmo já experiente que quer avançar na carreira passa as férias em forma. Como a opção tem sido por atletas já bem rodados (trintões), tem sido uma constante se apresentarem bastante fora de forma. E, repito, alguns continuam assim o ano inteiro.

 

Só muda o argumento: em janeiro ainda não estão em forma; em outubro ou novembro, já estão estafados pelo rigor da temporada. Acho que há uma confusão entre força e condicionamento físico para jogar futebol. Se fosse no cabo de guerra, acho que o Avaí teria ganhado os três últimos campeonatos estaduais, e estaria no topo da Série A. Mas é futebol, e rapidez e intensidade são essenciais.

 

* Amauri Soares é associado do Avaí FC