Zinho, quatro anos de saudades
Não
há a menor dúvida de que a pandemia alterou rotinas, principalmente para aquela
galera que costumava frequentar os estádios, como a nossa bela Ressacada, e no
seu entorno faziam as costumeiras confraternizações em mesas de bares, como na
“Toca do Leão”, o reduto mais avaiano da área.
Mesmo
com a liberação das torcidas aos estádios, não vejo o mesmo ritmo de outras
épocas, ainda que agora estejamos vivenciando outra vez as emoções de uma
Final, não só pelo momento vivido pelo Avaí, três anos sem nada conquistar, mas
principalmente pela perda de entes queridos, e nesse aspecto, hoje é um dia
para relembrar o saudoso Ivan Mattos Filho, o Ivanzinho, que nos deixou
prematuramente há quatro anos.
Morei
na Rua Presidente Coutinho, e um dos meus primeiros amigos da rua foi o
Ivanzinho, que acabou virando Zinho, como era carinhosamente chamado. Fomos
vizinhos por longos anos, mas como tudo na vida, com o amadurecimento, as
pessoas seguem seus rumos e o dele foi para o BESC, onde se aposentou, até
virar “chef”, proprietário da Mr. Zinho, que promovia deliciosos eventos.
Se
para Carlos Drummond de Andrade “no meio do caminho tinha uma pedra”, no nosso
caso havia o Avaí. E foi justamente através dessa paixão pra toda vida que nos
reencontramos tempos depois, religiosamente, a cada jogo, na Toca do Leão,
antes e depois das partidas, na mesma mesa comandada pelo Eduardo Piazera.
A
pandemia acabou restringindo nosso lazer, mas tínhamos contatos diários pelo
grupo de WhatsApp, denominado “Toca”, em alusão aos nosso encontros, e esta
data marca a saudade e a tristeza trazida pela pandemia que nos levou o amigo
Zinho, há quatro anos.
Verdade seja dita, nossa mesa nunca mais foi a mesma, até o “comandante” Piazera agora que está voltando aos poucos ao estádio. Mas seguimos firmes e fortes na torcida pelo Leão, passando na nossa Toca, e com a saudade do Zinho, que também está lá em cima torcendo pela recuperação do nosso Avaí.
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