terça-feira, 10 de junho de 2025

Bom dia, Azurras - nº 5.486

TUDO É UMA QUESTÃO DE GESTÃO

Receita do Palmeiras foi de R$ 1.350.000.000,00, então isso demonstra que se você trabalhar com seriedade, com responsabilidade, profissionalismo, o clube mesmo associativo, não é, ele tem, tem futuro, sim.

 

O complicado, mas isso seria uma outra conversa, é que daqui a dois anos e meio, muda-se a gestão, passa-se a caneta para outro presidente, aí a gente não sabe o que pode acontecer. Por isso eu sou uma adepta das SAFs, mas isso seria um outro assunto.”

 

Baseado no vídeo de Leila Pereira, deixei minha impressão sobre o que vejo no Avaí Futebol Clube, através do print acima, no Twitter, na manhã de ontem.

 

Se formos colocar seriedade, responsabilidade, profissionalismo, veremos que são fatores que não ocorrem dentro da Ressacada, até porque o clube nunca viu tanto dinheiro, de 2019 para cá, notadamente em 2023 e 2024.

 

Para se ter uma ideia, conforme apresentado no primeiro seminário da SAF no Avaí, em planilha mostrada pelos palestrantes, a atual gestão do clube conseguiu enxugar o rombo existente no ano de 2022, e talvez por isso, o resultado esportivo ficou prejudicado.

 

Todavia, qual a razão para terem aberto a torneira em 2023 e 2024? Sim, e abriram com tanta sede que o rombo chegou aos R$ 197 milhões, tempo ultrapassado R$ 207 milhões no primeiro trimestre de 2025...

 

Não se assustem: o primeiro trimestre é sempre deficitário, principalmente para quem disputa o Campeonato Catarinense e não consegue vaga na Copa do Brasil...

 

Ao que tudo indica, o dinheiro da Liga Forte União foi nocivo para os dirigentes avaianos, justamente por falta de gestão...

 

ASSOCIATIVO X SAF

Outra vez em cima das colocações feitas pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, a transformação de um clube associativo em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), pode até ser benéfica, mas também uma demonstração inequívoca da incapacidade de alguns dirigentes, principalmente os que hoje estão no Sul da Ilha.

 

Como coloquei acima, é tudo uma questão de gestão, e dentro do que temos em mãos, estádio, torcida, cidade, há que se desenhar um modelo mais apropriado ao Avaí Futebol Clube, que simplesmente copiar ações de outra agremiações.

 

A SAF não é nem será única alternativa, e o que denota-se hoje, o discurso de “DNA Avaiano”, usado na última eleição, está seriamente ameaçado porque os atuais dirigentes, sem conhecer a realidade do clube, o querem em outro patamar. A que preço?

 

SEM COMPARAÇÃO

Por óbvio, não estou comparando a grandeza da Sociedade Esportiva Palmeiras com o nosso Avaí Futebol Clube. E nem estou “forçando amizade”, como tenta fazer crer aquele ator pornô de filme francês, que arrota números como se fossem fáceis de serem atingidos...

 

Aliás, e por falar em números, como quem tivesse engolido uma linguiça inteira com duas batatas, o ator pornô engastou quando foi questionado numa entrevista em podcast por um teenager de DCE, dessas que não estavam na pauta combinada, sobre como atingir os milhões necessários para manter o Avaí no Brasileiro da Série A. A resposta vaga, veio com buscar mais receitas, com mais torcida...

 

Quando alertado o sobre a população da cidade, bem como dos dois clubes existentes, o dirigente ficou sem palavras...

 

OUTRO PATAMAR

Logicamente, até pelo fato de sermos um clube considerado grande apenas em Santa Catarina, a realidade do Avaí não é a mesma do Palmeiras, e até por isso chamei atenção para os paralelos de cidade, torcida, estádio, e poderíamos colocar um outro item, ou vários, por estarmos no Estado fora do eixo Rio-São Paulo, onde a visibilidade e o chamamento do patrocínios é muito maior.

 

Fato é que, estando entre os 35 principais clubes do Brasil desde 1998, quando conquistou o Brasileiro da Série C, 27 anos entre as Séries A e B, sem jamais ter voltado para a divisão inferior, o Avaí poderia ter tomado um outro rumo, e aqui refiro-me nas questões “domésticas”...

 

Na minha época de colégio, o Avaí tinha mais vitórias em Clássicos, era o mais vezes campeão de Santa Catarina, mas deixou-se superar nos jogos contra o principal rival e até mesmo diante dos mais tradicionais daqui, como Criciúma, JEC e Chapecoense, e na atual gestão, freguesia até mesmo para o Brusque...

 

Começar a mudar de patamar dentro de Santa Catarina já seria um bom começo...

 

SEM OLHAR PARA O CLUBE

Quando falo que não foram sérios com as coisas do Avaí Futebol Clube, muito menos responsáveis, nem minimamente profissionais, basta ver a contratação de Vagner Love, que completa 41 anos amanhã, e recebia por aqui R$ 220 mil, entre salários, imagens e alugueis.

 

Qual foi o custo-benefício desse jogador? Diga-se de passagem, foi muito profissional por aqui, mas refiro-me ao fraco desempenho dentro de campo.

 

Não há justificativa plausível para um absurdo desses, e como já coloquei nesse espaço, bastava uma conversa com gente da área do condicionamento físico, quando apontei para Fylippy Margino, Léo Vargas e PH Miguel, todos avaianos, associados do clube e que entendem do assunto...

 

CONTRATOS LONGOS E ALTOS

As saídas recentes de Ronaldo Henrique e João Paulo, que causaram grande desgaste para a imagem do clube, com contrato altos, salários fora da realidade para o futebol que eles apresentam, mostram com clareza solar que o Avaí contrata de qualquer jeito, ou...

 

Prejuízo gigantesco para o cofre do Sul da Ilha, que por consequência, ficou engessado de novas e melhores contratações, como ocorrerá na janela de transferências que inicia em 10 de julho e vai até 2 de setembro.

 

Ninguém pode dizer que foram sérios, responsáveis, profissionais nas referidas contratações, até porque os dirigentes hoje são remunerados e ninguém trata de lhes cobrar responsabilidades, basta ver a hora extra que o encantador de serpentes faz no Sul da Ilha, sob o olhar meigo do passivo mandatário...

 

COPA DO BRASIL

Para um clube que tem carência em seu caixa, o Avaí desperdiçou grandemente duas oportunidades de fazer um bom dinheiro, ao não participar de dois anos consecutivos da Copa do Brasil, 2023 e 2024, justamente os anos que entrou fácil o “din-din” da Liga Forte União.

 

As opções dos dirigentes avaianos foram as piores possíveis. Em 2023, um clube sem comando no futebol, aquela “confraria carioca”, perderam a vaga na final da Copa Santa Catarina para o Concórdia. Em 2024, reféns de boleiros de caráter duvidoso, nem disputaram a Copa SC...

 

Só para lembrar, o Brusque, hoje disputando o Brasileiro da Série C, em três fases faturou “apenas” R$ 4.145.250,00. Já o Criciúma, também avançando em três fases, levou R$ 5.236.825,00. E não nos esqueçamos do Concórdia, um “fora de série”, que em duas fases levou R$ 1.830.000,00...

 

Ao Avaí resta acompanhar a competição pela TV, até que chegue 2026...

 

DINHEIRO DA LFU

Como citei anteriormente, a atual direção do Avaí, de forma séria e responsável, no melhor estilo profissional, tratou de enxugar a máquina no primeiro ano de gestão, conforme demonstrado no gráfico do primeiro seminário da SAF, promovido pelo Conselho Deliberativo do clube.

 

Porém, justamente nos anos seguintes, quando tiveram um aporte de R$ 68 milhões, oriundos da Liga Forte União, a maionese desandou...

 

Conforme gráfico emitido pela própria diretoria, do dinheiro recebido, R$ 31.960.000,00 foram para salários, ou seja, 47%. Outros R$ 8.840.000,00 para imagens, mais 13% do que foi recebido. E para completar a “festa”, mais R$ 8.160.000,00 para pagar os honorários das PJs, tais como o encantador de serpentes, o ator pornô, entre outros...

 

Ou seja, R$ 48.960.000,00, 72% do total recebido da LFU. Creio que esse dinheiro fez muito mal para o Avaí e muito bem para os “envolvidos”...

 

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!

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