Bom dia, Azurras - nº 5.486
TUDO É UMA QUESTÃO DE GESTÃO
“Receita do Palmeiras
foi de R$ 1.350.000.000,00, então isso demonstra que se você trabalhar com
seriedade, com responsabilidade, profissionalismo, o clube mesmo associativo, não
é, ele tem, tem futuro, sim.
O complicado, mas isso
seria uma outra conversa, é que daqui a dois anos e meio, muda-se a gestão,
passa-se a caneta para outro presidente, aí a gente não sabe o que pode
acontecer. Por isso eu sou uma adepta das SAFs, mas isso seria um outro assunto.”
Baseado no vídeo de Leila Pereira, deixei minha impressão
sobre o que vejo no Avaí Futebol Clube, através do print acima, no Twitter, na
manhã de ontem.
Se formos colocar seriedade, responsabilidade,
profissionalismo, veremos que são fatores que não ocorrem dentro da Ressacada,
até porque o clube nunca viu tanto dinheiro, de 2019 para cá, notadamente em
2023 e 2024.
Para se ter uma ideia, conforme apresentado no primeiro
seminário da SAF no Avaí, em planilha mostrada pelos palestrantes, a atual
gestão do clube conseguiu enxugar o rombo existente no ano de 2022, e talvez
por isso, o resultado esportivo ficou prejudicado.
Todavia, qual a razão para terem aberto a torneira em 2023 e 2024? Sim, e abriram com tanta sede que o rombo
chegou aos R$ 197 milhões, tempo ultrapassado R$ 207 milhões no primeiro
trimestre de 2025...
Não se assustem: o primeiro trimestre é sempre deficitário,
principalmente para quem disputa o Campeonato Catarinense e não consegue vaga
na Copa do Brasil...
Ao que tudo indica, o dinheiro da Liga Forte União foi
nocivo para os dirigentes avaianos, justamente por falta de gestão...
ASSOCIATIVO X SAF
Outra vez em cima das colocações feitas pela presidente do
Palmeiras, Leila Pereira, a transformação de um clube associativo em Sociedade
Anônima do Futebol (SAF), pode até ser benéfica, mas também uma demonstração
inequívoca da incapacidade de alguns dirigentes, principalmente os que hoje
estão no Sul da Ilha.
Como coloquei acima, é tudo uma questão de gestão, e dentro
do que temos em mãos, estádio, torcida, cidade, há que se desenhar um modelo
mais apropriado ao Avaí Futebol Clube, que simplesmente copiar ações de outra
agremiações.
A SAF não é nem será única alternativa, e o que denota-se
hoje, o discurso de “DNA Avaiano”, usado na última eleição, está seriamente
ameaçado porque os atuais dirigentes, sem conhecer a realidade do clube, o
querem em outro patamar. A que preço?
SEM COMPARAÇÃO
Por óbvio, não estou comparando a grandeza da Sociedade
Esportiva Palmeiras com o nosso Avaí Futebol Clube. E nem estou “forçando
amizade”, como tenta fazer crer aquele ator pornô de filme francês, que arrota
números como se fossem fáceis de serem atingidos...
Aliás, e por falar em números, como quem tivesse
engolido uma linguiça inteira com duas batatas, o ator pornô engastou quando
foi questionado numa entrevista em podcast por um teenager de DCE, dessas que
não estavam na pauta combinada, sobre como atingir os milhões necessários para
manter o Avaí no Brasileiro da Série A. A resposta vaga, veio com buscar mais
receitas, com mais torcida...
Quando alertado o sobre a população da cidade,
bem como dos dois clubes existentes, o dirigente ficou sem palavras...
OUTRO PATAMAR
Logicamente, até pelo fato de sermos um clube
considerado grande apenas em Santa Catarina, a realidade do Avaí não é a mesma
do Palmeiras, e até por isso chamei atenção para os paralelos de cidade,
torcida, estádio, e poderíamos colocar um outro item, ou vários, por estarmos
no Estado fora do eixo Rio-São Paulo, onde a visibilidade e o chamamento do
patrocínios é muito maior.
Fato é que, estando entre os 35 principais clubes
do Brasil desde 1998, quando conquistou o Brasileiro da Série C, 27 anos entre
as Séries A e B, sem jamais ter voltado para a divisão inferior, o Avaí poderia
ter tomado um outro rumo, e aqui refiro-me nas questões “domésticas”...
Na minha época de colégio, o Avaí tinha mais
vitórias em Clássicos, era o mais vezes campeão de Santa Catarina, mas
deixou-se superar nos jogos contra o principal rival e até mesmo diante dos
mais tradicionais daqui, como Criciúma, JEC e Chapecoense, e na atual gestão,
freguesia até mesmo para o Brusque...
Começar a mudar de patamar dentro de Santa
Catarina já seria um bom começo...
SEM OLHAR PARA O CLUBE
Quando falo que não foram sérios com as coisas do Avaí
Futebol Clube, muito menos responsáveis, nem minimamente profissionais, basta
ver a contratação de Vagner Love, que completa 41 anos amanhã, e recebia por
aqui R$ 220 mil, entre salários, imagens e alugueis.
Qual foi o custo-benefício desse jogador? Diga-se de passagem, foi muito profissional por aqui, mas refiro-me ao
fraco desempenho dentro de campo.
Não há justificativa plausível para um absurdo
desses, e como já coloquei nesse espaço, bastava uma conversa com gente da área
do condicionamento físico, quando apontei para Fylippy Margino, Léo Vargas e PH
Miguel, todos avaianos, associados do clube e que entendem do assunto...
CONTRATOS LONGOS E ALTOS
As saídas recentes de Ronaldo Henrique e João
Paulo, que causaram grande desgaste para a imagem do clube, com contrato altos,
salários fora da realidade para o futebol que eles apresentam, mostram com
clareza solar que o Avaí contrata de qualquer jeito, ou...
Prejuízo gigantesco para o cofre do Sul da Ilha,
que por consequência, ficou engessado de novas e melhores contratações, como
ocorrerá na janela de transferências que inicia em 10 de julho e vai até 2 de
setembro.
Ninguém pode dizer que foram sérios, responsáveis,
profissionais nas referidas contratações, até porque os dirigentes hoje são
remunerados e ninguém trata de lhes cobrar responsabilidades, basta ver a hora
extra que o encantador de serpentes faz no Sul da Ilha, sob o olhar meigo do
passivo mandatário...
COPA DO BRASIL
Para um clube que tem carência em seu caixa, o Avaí
desperdiçou grandemente duas oportunidades de fazer um bom dinheiro, ao não
participar de dois anos consecutivos da Copa do Brasil, 2023 e 2024, justamente
os anos que entrou fácil o “din-din” da Liga Forte União.
As opções dos dirigentes avaianos foram as piores possíveis.
Em 2023, um clube sem comando no futebol, aquela “confraria carioca”, perderam
a vaga na final da Copa Santa Catarina para o Concórdia. Em 2024, reféns de
boleiros de caráter duvidoso, nem disputaram a Copa SC...
Só para lembrar, o Brusque, hoje disputando o Brasileiro da
Série C, em três fases faturou “apenas” R$ 4.145.250,00. Já o Criciúma, também
avançando em três fases, levou R$ 5.236.825,00. E não nos esqueçamos do
Concórdia, um “fora de série”, que em duas fases levou R$ 1.830.000,00...
Ao Avaí resta acompanhar a competição pela TV, até que
chegue 2026...
DINHEIRO DA LFU
Como citei anteriormente, a atual direção do Avaí, de forma
séria e responsável, no melhor estilo profissional, tratou de enxugar a máquina
no primeiro ano de gestão, conforme demonstrado no gráfico do primeiro
seminário da SAF, promovido pelo Conselho Deliberativo do clube.
Porém, justamente nos anos seguintes, quando tiveram um aporte
de R$ 68 milhões, oriundos da Liga Forte União, a maionese desandou...
Conforme gráfico emitido pela própria diretoria, do dinheiro
recebido, R$ 31.960.000,00 foram para salários, ou seja, 47%. Outros R$
8.840.000,00 para imagens, mais 13% do que foi recebido. E para completar a “festa”,
mais R$ 8.160.000,00 para pagar os honorários das PJs, tais como o encantador
de serpentes, o ator pornô, entre outros...
Ou seja, R$ 48.960.000,00, 72% do total recebido da LFU.
Creio que esse dinheiro fez muito mal para o Avaí e muito bem para os “envolvidos”...
Saudações AvAiAnAs!
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