Bom dia, Azurras - nº 5.532
DISCURSO AFINADO
Como sempre faço, ouço a entrevista coletiva do técnico Jair
Ventura após as partidas do Avaí, no dia seguinte ao jogo, quando normalmente
faço as postagens da mesma no “Blog do Tarnowsky”, exceto aquela trágica,
ocorrida em São João Del Rei, quando o desenvolto treinador avaiano resolveu
ser monossilábico...
Aliás, ainda que todos tenham torcido o nariz para a
entrevista no interior mineiro, o filho do Jairzinho, “Furacão da Copa de 70”,
teve suas razões, que até posso compreender, mas não concordo com o “modus
operandi”...
Todavia, em Belém, devidamente respaldado pela presença
“física” da alta cúpula diretiva avaiana, ausente na cidade de Tancredo Neves,
Jair Ventura mostrou-se muito à vontade para expor suas impressões, ainda que
no meu entendimento, tenha passado pelo crivo dos dirigentes azurras.
Além disso, antes mesmo de começar a coletiva, o treinador
avaiano teve um reforço de “peso”, literalmente, que foi a declaração do
mandatário do clube, Júlio César Heerdt, que não poupou críticas ao
soteropolitano soprador de apito.
Discurso afinado, é verdade, mas ambos, a dupla “JJ”, longe
de ser “Joinha-Joinha”, mas “Júlio-Jair”, cometeram seus excessos, que soam de
forma pouco convincente.
Quanto ao árbitro, assino com eles, mas de resto...
AO MENOS ISSO
Na fala de Júlio César Heerdt, coberto de razão pelas ácidas
críticas ao árbitro Emerson Ricardo de Almeida Andrade, o que viria a cair num
lugar comum, para quem assistiu ao jogo, destaco a seguinte frase, a melhor de
todas:
“Evidentemente, nós
temos os nossos erros também, nossos atletas sabem, nossa comissão sabe, e nós
vamos corrigir esses erros, mas a arbitragem não pode estar trabalhando assim
contra o Avaí nesse campeonato.”
Não estou aqui para defender o presidente Júlio Heerdt, mas
ao menos é preciso enaltecer que ele admite que o time também não está uma
“Brastemp”...
Como coloquei ontem, uma coisa é ter sido prejudicado pela arbitragem, outra bem diferente, é ter jogado bem, e o Avaí não fez boa partida...
Aliás, sendo bem franco, “demorou!”
PELA TANGENTE
Em relação ao que disse o técnico Jair Ventura, que respeito
imensamente, considero uma pessoa altamente inteligente, diria que ele resolveu
adotar o discurso da diretoria executiva, ao ponto de achar “normal” as
“anormalidades” ocorridas no Sul da Ilha nos últimos tempos...
Ao enaltecer que as “saídas” do Sul da Ilha são em função do
trabalho que está sendo bem feito, o filho do Jairzinho trata de “tirar o seu
da reta”, no que faz muito bem, mas dizer que é reflexo de “trabalho bem
feito”, soa como “amizade forçada”...
Primeiro, Barreto nem era titular, e escrevi aqui, contra o
Avaí sempre foi um Leão, e jogando com nosso manto, não passou de um “gatinho
de madame”...
“Menas”, Jair!
PITACO DO LÉO VARGAS
“Estou vendo muita
‘comoção’ da torcida avaiana pela saída do Barreto…
Até pouco tempo atrás,
a diretoria era criticada por ter trazido ganhando R$ 160 mil de salários, e
jogando ‘sem vontade’, agora com a saída dele virou um problema…
Então, pra resumir,
não me importo do Barreto ir embora, ainda mais que vai entrar um dinheiro,
acho que o Avaí tem, sim, boas opções pra esse setor, ainda mais jogando um jogo
por semana, acho que o Avaí tem sim que colocar a base pra jogar...
Estão colocando o JP,
que tem 20 anos e é da base do Vasco, colocaram Pedrão, com 20 da base do
Cruzeiro, que já foi embora, e não colocam da nossa base, Wanderson, que jogou
no México...”
As colocações do nosso amigo Leonardo Vargas, o Léo, de São
João Batista, são pra lá de pertinentes. Quem disse que Wanderson não joga mais
que
Barreto? Aliás, desde seu retorno do México, a
gestão “transparente”, bem como os “especialistas”, nada falam sobre o bom
jogador da base avaiana...
PITACO DO MARCOS DA TRINDADE
“Força aí,
meu amigo!
Sobre o jogo. Não foi pênalti, o VAR chamou, mas o Brasil anda cada vez
mais sinistro...
Quando jogo estava 1x0, Hygor ia entrar sozinho e levou um sarrafo por
trás na entrada da área. Era falta e expulsão... O cara não deu nada... Nem o
VAR chamou...
Só uma coisa... Jogamos contra um time
vertical... Os caras pegam a bola e vão pra cima... O nosso lambe a bola pra lá
e pra cá na intermediária adversária até perder e dar contra-ataque de graça...
Assim ficar difícil...
O Avaí não joga mal, o problema é que ele também
não joga bem...”
Diretamente de Fortaleza, onde está prestando
consultoria, Marcos da Trindade faz algumas colocações que o mandatário avaiano
não quis explicitar...
PITACO DO PAULINHO OROFINO
“Fala, André! Tás bom?
Mô kiridu, tava aqui dirigindo e de vez em quando a gente medita
enquanto dirige, e estava aqui pensando, passando em volta da Ressacada, e
vendo nosso time, que não empolga a torcida, né, cara?
E fiquei pensando assim, ‘futebol pra mim, é igual ao carnaval, se não
sacudir a torcida, tem alguma coisa errada...
Nosso time não empolga, não dá, não tá chacoalhando a galera, alguma
coisa está errada mesmo...
Abraço, nêgo!”
Assino com o Paulinho Orofino, diretamente do
Campeche, e já que ele tocou no carnaval, repito a frase que disse ao meu primo
Rafa Lenzi Tarnowsky, no dia de Avaí x Athletico-PR: “O Júlio conseguiu transformar o Avaí numa escola de samba: nunca vi
tanta ala!”
Saudações AvAiAnAs!
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