SABOR DE CHAMPANHE, by RC

É claro que, pelo que mostrou em campo, o Botafogo Paulista não tem uma equipe competitiva e corroboram a tese os 5 gols a 0 favoráveis ao Avaí. Também as limitações técnicas dos seus atletas se fizeram notar.

 

Não é sempre que se obtém uma vitória por um placar tão folgado. Se o adversário não é competente o problema é dele, mas não podemos deixar de degustar o sabor de champanhe desse momento raro, de ir ao Estádio e sair sem ter sofrido comoção.

 

Alguém disse no Blog, dia desses, com muita propriedade, que o time do Avaí é lento, que "lambe, lambe" mas não chuta; algo assim. Pois ontem parece que os atletas procuraram corrigir, impuseram  um ritmo diferente, de toques, de velocidade e conclusões à meta e confesso que assanhou o baile. É por aí. Velocidade e objetividade.

 

Mas quase tudo se resumiu ao primeiro tempo, tudo que tinha de ser definido, resolvido, pintou no primeiro tempo, o jogo liquidado no primeiro tempo. Avaí até aliviou o ritmo depois do quarto gol, respirou, acertadamente descontraiu.

 

No segundo tempo desfrutou-se a paz do bom investimento. Com quatro bolas na rede adversária cabia buscar-se alguma descontração e se fez. Poupou-se jogadores importantes. Inclusive o jovem JP, autor do belo gol, onde bateu de fora da área, conscientemente no canto, fora do alcance do goleiro. Garoto de futuro o JP.

 

Detalhe no quinto gol, de pênalti. A torcida pediu que a cobrança ficasse a cargo de Alef Manga. Como se sabe, ele não vem fazendo uma campanha das melhores e esse afago vindo do torcedor pode operar crescimento, elevar o moral do atleta. Alef bateu e converteu. Ponto para o torcedor.

 

Importante que esse jogo se torne um marco de um encontro do plantel com o seu torcedor e que ambas as partes se apoiem e se respeitem, cada qual cumprindo responsavelmente suas obrigações, o Clube precisa e merece.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC