ENTÃO GRAVEI, AVAÍ NO CORAÇÃO, by RC
Corria o longínquo 1951, a rua Dom Jaime Câmara era
um mundo de paz, com trânsito manso e pacífico. Na luz dos meus nove anos de idade estava
sentado no muro da casa de um amigo, também presente e mais uns outros da
patota da rua.
Meu momento raro ficou gravado até
hoje, nítido, claro, demarcado. Fazia um sol de pleno verão.
Em meio à conversa, típica de
adolescentes, um colega perguntou-me: Pra qual time tu torces?
Respondi: Botafogo.
Claro, era o time que meu pai torcia,
era o futebol que se praticava em casa.
O amigo retrucou: Não, time daqui, da
cidade.
Pô, eu não tinha um time da
cidade. Movido pela paixão futebolística paterna, passei batido. Os
amigos se prontificaram a corrigir.
Então escolhe um agora, sugeriram.
Se tu és Botafogo, só podes escolher
o alvinegro... As camisas são iguais... - Tentaram seduzir-me.
Mas o céu era uma enormidade azul e
me contagiou, e pensei no mar, na praia do Müller, na ilha nossa, tão
iluminada, e que a cidade era uma festa de luz e de paz, e que só a cor azul
poderia representá-la da melhor forma. Então gravei, para todo o
sempre, Avaí no coração.
* Roberto Costa é associado do Avaí FC
Belo relato Andre, eu entrei na história, sou de 1985, não peguei essa epoca da ilha que você pegou, mas sou um amante de histórias dessa ilha, ainda mais quando é contada com o nosso Avai. Gostei tanto que li umas 3 vezes. Abração
Vinicius Corrêa, grato pelas palavras. Floripa, no tempo da minha infância e juventude era uma delícia. - RC.
Afinal, que é feito do JP? O Vasco veio buscar? - RC
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