Bom dia, Azurras - nº 5.636

APOIOS NO DECORRER DO TEMPO

Como estamos vivenciando uma semana de eleições no Avaí Futebol Clube, não custa nada relembrar um velho e conhecido conceito de “política”, até porque a decisão do associado torcedor avaiano no próximo domingo, antes de qualquer coisa, será política...

 

Dizem, e eu concordo, que “política é a arte e a ciência de governar uma sociedade, envolvendo a organização, a tomada de decisões e a resolução de conflitos de forma pacífica para alcançar o bem-estar coletivo.”

 

Dessa forma, independentemente da escolha que se faça, ou de qual candidato será eleito, ela será feita dentro das regras que foram criadas no clube e aplicadas pelo Comitê Eleitoral, para a escolha dos novos presidente e vice, bem como dos novos conselheiros.

 

Fato é que, e no Avaí é assim, aqueles que estiveram juntos em 2017, não estavam exatamente juntos em 2021, e logicamente, não estão juntos no atual momento. E posso falar isso de cadeira, até porque no primeiro ano citado apoiei Francisco Battistotti, em 2021, o apoio foi para Júlio Heerdt, e neste ano estou apoiando, inclusive fazendo parte da nominata de conselheiros, Renan Schlickmann.

 

Aos que acham absurdo, creio que seria melhor se olhar no espelho, até porque minhas escolhas são feitas em função da independência que possuo, assim como respeito as escolhas de cada um.

 

PROMESSAS RASGADAS

Evidentemente, assim como eu, muitos daqueles que apoiaram Júlio Heerdt o fizeram por entender que aquela opção seria a melhor para o clube naquele momento, e assim foi, tanto que no primeiro ano de mandato, 2022, apesar do estrondoso fracasso esportivo, as finanças do clube foram enxugadas.

 

Todavia, quando se imaginava que o Avaí entraria nos trilhos nos anos seguintes, principalmente com o dinheiro vindo da Liga Forte União, eis que a gestão de Júlio Heerdt resolveu mergulhar o clube num desastre financeiro sem precedentes, ao ponto de faltar dinheiro já no primeiro semestre desse ano...

 

Por óbvio, muitas promessas da época da eleição de 2021 foram jogadas no lixo, rasgadas como se nunca tivessem sido proferidas, contrariando apoios recebidos num primeiro momento, e que hoje estão divididos entre as duas candidaturas.

 

O que fica, como veremos a seguir nas três notas subsequentes, é o desapontamento de muitos para com o atual gestor, que contrariou inclusive algumas eminências pardas que deram força ao seu desconhecido nome na vida do clube.

 

DÍVIDA COM ZUNINO

Não há aqui qualquer defesa em prol da família Zunino, que na eleição passada, juntamente com aquele grupo que a mídia esportiva intitula de “notáveis”, apoiou a candidatura de Júlio Heerdt.

 

Fato é que, os valores devidos ao saudoso ex-presidente, já estavam no que os contadores chamam de “Passivo Exigível à Longo Prazo” desde 2012, até que em 2023, por orientação de uma auditoria, resolveram dar baixa nos referidos créditos.

 

Com a baixa, bem como o pedido de Recuperação Judicial, aquele dinheiro que entrou no cofre do clube, acabou desaparecendo da contabilidade, sem que a família pudesse reaver o que lhe é de direito.

 

Promessa rasgada, e ainda que a narrativa da atual gestão possa parecer legal, a atitude de alguns “senhores da razão” gerou um grande mal estar naquele núcleo que apoiou Júlio Heerdt num primeiro momento.

 

Vida que segue...

 

AVAÍ KINDERMANN

A preocupação com a situação atual do Avaí Kindermann é ainda maior que em 2021, quando da última eleição para presidente do Avaí. Mesmo tendo conquistado o Campeonato Catarinense na semana passada, o ano termina para as Leoas Caçadoras com salários atrasados, e pior que isso, sem a certeza de melhor caminho para 2026, apesar da exigência da CBF do futebol feminino também para clubes da Série B.

 

Se a condição de manter a estrutura do Avaí Kindermann em Caçador não é das mais favoráveis, contrariando a história gloriosa da Sociedade Esportiva Kindermann, que até mesmo Copa Libertadores disputou, ainda menos favorável é o descaso com que o futebol feminino vem sendo tratado pelos atuais dirigentes do Sul da ilha.

 

O horizonte torna-se ainda mais nebuloso na medida em que um dos atuais candidatos na eleição de domingo, afirma que o Avaí não tem como manter o futebol da Leoas, esquecendo do inchaço criado no corpo administrativo do clube...

 

INSTITUTO AVAÍ

Outra promessa rasgada da atual gestão, que recebia apoio daqueles que lançaram o nome do atual presidente, era uma solução para o imbróglio criado no Instituto Avaí, que inviabilizou sua continuidade.

 

A solução mais fácil para o clube, foi personificar o problema, deixando que o então presidente arcasse com todas as pendências, ainda que sabedores de que as verbas vindas foram colocadas no próprio estádio Aderbal Ramos da Silva.

 

A aposta da atual direção foi de extinguir o Instituto, sem que haja qualquer responsabilidade para o clube...

 

PAUL PARA OS AMIGOS

Quando se diz que o Avaí é um clube de “amigos privilegiados”, é preciso que se abra os olhos para os bastidores do que acontece no Sul da Ilha. Num passado recente, em 19 de outubro de 2024, tivemos o show de Paul McCartiney na Ressacada, o segundo show, visto que o primeiro ocorreu em 2012.

 

Apesar de toda a badalação na mídia, e euforia do diretor de negócios com os “cliques” nas redes sociais mundo afora, o clube teve pouquíssimos ganhos com o referido espetáculo internacional.

 

O camarote “presidencial” foi mantido para o mandatário, assim como um segundo, que abrigou vários amigos. Uns poucos ingressos foram colocados à disposição do clube, que preferiu distribuir para alguns privilegiados, em especial dois ingressos para cada membro da mesa do Conselho Deliberativo, se é que me entendem...

 

INGRESSOS PARA AMIGOS

Não foi apenas no show de Paul McCartiney que os amigos privilegiados tiveram acesso, mas também para os parcos ingressos nas partidas do Avaí no interior de Santa Catarina, notadamente nas decisivas da última conquista.

 

O clube centralizou os ingressos vindo dos adversários, como Barra, Santa Catarina e Chapecoense. Pelas vias normais, compra pela Internet, impossível adquirir um mísero ingresso, até porque o próprio Avaí tratou de fornecer a quem “sempre esteve junto com o clube”...

 

Curioso é ver o discurso de alguns espertos, dizendo que colocou dinheiro de seu próprio bolso para depois fornecer aos “desprotegidos” torcedores...

 

Como diria Miguel Livramento, “conta aqui pro bonequinho”...

 

ORIENTAÇÕES AOS ASSOCIADOS ELEITORES

Interessante e certeira as orientações do Comitê Eleitoral sobre as eleições no Avaí, no próximo domingo, 9 de novembro, das 9 às 18 horas, na nossa bela Ressacada.

 

Chegou a hora de escolhermos o futuro do Avaí, que certamente não perdoará os omissos!

 

Participe!

 

 

 

Saudações AvAiAnAs!