Bom dia, Azurras - nº 5.673
AVAÍ, MEU AMOR AZUL E BRANCO
“Avaí, meu Avaí,
time do povo, da raça, da alma inquieta.
Nasceste campeão, numa ilha formosa,
que te abraça como parte da própria vida.
Tu és o grito na arquibancada,
és o sorriso do menino,
a lágrima do velho,
a esperança que nunca se cala.
Teu manto não é tecido
é história costurada em suor,
é fé bordada por mãos humildes,
é orgulho de quem nunca te abandona.
A hora é presente e querem te vender, Avaí.
Querem trocar tua essência por cifras,
nossa gente por um dono,
teu futuro por contratos
que não entendem o seu belo passado.
Não sabem eles que amor não tem preço,
que clube não tem dono,
que o Avaí pertence a quem canta,
a quem vibra, a quem vive por ti.
Avaí, é povo é gente.
Avaí, meu amor eterno,
te prometo: enquanto houver voz,
enquanto houver tambor,
enquanto houver um coração azul batendo,
ninguém vai te tirar de nós.
Porque tu és poesia viva,
E o povo que te ama, Avaí,
é o teu maior patrimônio
e jamais será vendido.”
Já havia publicado ontem a poesia do
nosso amigo e conselheiro do Avaí, João Carlos da Silva Júnior, mas certamente
na “Bom dia, Azurras”, a repercussão será maior, demonstrando não apenas o amor
daqueles que efetivamente amam o clube, mas a imensa preocupação com os
interesses escusos com essa transformação para uma SAF no apagar das luzes de
uma gestão fracassada e que causou um rombo jamais visto no Sul da Ilha.
PINÓQUIO
Para desespero de alguns, ou de muitos, na terça-feira o “Blog do
Tarnowsky” divulgou o número real de um suposto investidor, que colocaria no
Avaí a quantia de US$ 50 milhões, durante seis anos, o equivalente a R$ 270
milhões, considerando a moeda americana por R$ 5,40.
Ocorre que, para tentar desmentir o que aqui está escrito, um “bolo
fofo”, ou “bobo fofo”, que mais parece um Pinóquio, colocou nas redes sociais
que há uma proposta do mesmo investidor por R$ 500 milhões, R$ 250 milhões de
aporte inicial e outros R$ 250 milhões da dívida, que ele assumiria.
Errou duas vezes, na cotação do dólar, bem como no montante da dívida...
DÍVIDA
Na tal dívida no valor de R$ 250 milhões, valor este
anunciado na última reunião do Conselho Deliberativo pelo presidente eleito, não
bate com os valores anunciados pelo clube ao longo do ano.
Desse total, praticamente de R$ 170 a 180 milhões,
correspondem ao que está sendo guerreado na PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional), na Transação Tributária, que numa visão otimista, pode dar até dar
até 70% de desconto.
Além disso, a dívida total do Avaí em 31
de dezembro de 2024 era de R$ 197 milhões, com R$ 16 milhões de dívidas
trabalhistas, R$ 27 milhões em dívidas cíveis e outros R$ 154 milhões de
tributárias. Ocorre que com o
deságio conseguido na Recuperação Judicial, a trabalhista passou para R$ 8
milhões, a cível para R$ 10 milhões, e a tributária, espera-se, para R$ 68
milhões, totalizando R$ 86 milhões.
O que está pendente, em
números ainda não divulgados, é o buraco que está sando cavado pela atual
gestão, que se sabe, já ultrapassa R$ 48 milhões...
Ou seja, o Avaí termina o
ano com, no mínimo, R$ 134 milhões de dívida...
PRAZO
Há que se observar, a dívida
correspondente a Recuperação Judicial, englobando trabalhistas e cíveis, já
está equacionada, havendo necessidade do Avaí pagar a parcela de novembro, vencida
no último dia 1º de dezembro, bem como cumprir rigorosamente os pagamentos até
a 24ª parcela, ou seja dois anos, com o restante do saldo sendo diluído por
mais 10 anos.
O valor, ou saldo, oriundo
da Transação Tributária, também terá igual tratamento, com o parcelamento sendo
espalhado para os próximos anos.
Por isso mesmo, não há que
se falar em R$ 250 milhões de dívidas, mas por óbvio, é preciso estar atento no
que vem sendo “cavado” na atual gestão, até porque novas ações estão tramitando
e até mesmo bloqueio judicial de R$ 13 milhões já dominam a conta do clube.
MISTÉRIO
Como disse ontem, essas assertivas de que que é condição “sine qua non” da criação de uma SAF 100% do Avaí para “receber” propostas, não podem prosperar, creio que estão forçando amizade, fugindo da realidade.
Aprovar a
criação da SAF sem saber o que virá com ela, sem absolutamente nada explícito,
equivale a dar um cheque em branco aos mesmos dirigentes que criaram esse caos
financeiro, ou no mínimo, foram coniventes no decorrer dos anos, e aqui
desnecessário citar nomes, já bastante conhecidos. Se a tal condição
fosse verdadeira, fico imaginando a dificuldade das construtoras em vender um
apartamento na planta...
Esse
mistério por trás dessa retórica nebulosa de transformação do Avaí numa SAF, apenas
desgasta ainda mais a imagem dos dirigentes, que estão ainda mais envolvidos no
projeto lançado na eleição de Júlio César Heerdt, comprovando com letras garrafais
o continuísmo da gestão.
SEM PLANO “B”
Ao que tudo
indica, o discurso de campanha eleitoral desapareceu e a única alternativa de
gestão é a transformação do Avaí em SAF, trocando em miúdos, a venda do clube,
mas alguns vão dizer, “é apenas para vender o futebol”...
Aquela foto
com empresários poderosos, à beira do mar no Veleiros da Ilha, desapareceu, deu
lugar para uma outra, ao lado de torcedores de arquibancada clamando por união,
quando esquecem das atitudes daqueles que se sentem donos do poder...
Ainda que
tenham sido eleitos num clube associativo, a ideia de transformação em SAF saiu
dos planos para a prática antes mesmo da posse, até porque em suas pautas não
existe plano “B”...
Saudações AvAiAnAs!





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