Bom dia, Azurras - nº 5.678

NARRATIVAS E NARRATIVAS

Já escrevi aqui, que alguns dirigentes, mesmo aqueles que ficam nos bastidores, gostam de ter um discurso em público, mas nos camarins, pensam e agem exclusivamente em seus interesses.

 

Dizem que a eleição do Avaí já acabou, e que maravilha se assim fosse, mas o que se tem visto atualmente, é uma busca do domínio do poder planejada milimetricamente desde a candidatura de Júlio César Heerdt, passando pela alteração estatutária, com os mais diversos interesses.

 

A tal mudança de patamar do Avaí, de associativo para SAF, é o objetivo final como se tal situação fosse resolver todos os problemas do clube, quando não verdade não é. E até mesmo na gestão que está por findar seu período, a grande oportunidade de fazer do Avaí Futebol Clube um exemplo para o resto do país, foi por terra na medida em que resolveram rasgar todo o dinheiro a Liga Forte Futebol.

 

Com o aval de parte do Conselho Deliberativo, projetou-se um rombo cavalar para este ano, cujo final era mais do que previsto, só não se sabia em que mês as torneiras estariam secas...

 

Sem ter de onde tirar um centavo, a torcida agora é para que a SAF, cuja bandeirada inicial foi dada na segunda-feira, comece a pingar algumas gotas até que todo o teatro caricato esteja pronto para que a plateia possa aplaudir como única solução, coisa que nunca foi...

 

Cada um que conte sua narrativa, a minha é essa e não caio nesse engodo formado no Sul da Ilha, aplaudido por uma imprensa manipulável e sem conhecimento.

 

NÃO FUI EU

Pelo que consta, não fui eu quem andei pelos estádios de Santa Catarina distribuindo ou vendendo ingressos...

 

Também não fui eu quem aprovou um orçamento completamente deficitário, cujo final era previsível...

 

Da mesma forma, não tive qualquer interferência no destino final para cada centavo dos R$ 68 milhões oriundos da Liga Forte União...

 

Se alguém quer ficar rotulando os atos daqueles que querem um Avaí associativo, por óbvio, vou respeitar as escolhas, mas seria fundamental que essas mesmas pessoas, junto ao torcedor e aos microfones que “alugam” constantemente, assumissem suas responsabilidades.

 

Esse quadro caótico das finanças do Avaí não é culpa minha, mas dos que são tidos como ilustres avaianos...

 

EMINÊNCIA PARDA

A votação na reunião do Conselho Deliberativo na última segunda-feira, mostrou apenas e tão somente que existem pessoa com ideias diferentes para o destino do clube, e mais que isso, por caminhos diferentes.

 

Alguns desprovidos de visão, enxergaram um “racha” na aprovação do orçamento para 2026, na penúltima reunião, quando na verdade, todos aprovaram, apenas uma maior parte queria que o futebol feminino fosse contemplado com algum quinhão, mas foram contrariados com os votos da mesa do CD.

 

Portanto, a eminência parda que dita as regras no Sul da Ilha, e goza de muito prestígio na mídia esportiva, perde sua razão na medida em que afirma que alguns estão “votando como chapa”.

 

Não, pluralidade de opiniões é sempre salutar, basta ver a burrice na unanimidade daqueles que aprovaram um rombo de quase R$ 50 milhões para este ano...

 

ATO CIVILIZATÓRIO

"Trata-se de um ato civilizatório respeitar as diferentes opiniões presentes na sociedade. No âmbito do Avaí Futebol Clube não é diferente. É lamentável, portanto, a narrativa de que apenas os que concordam com uma determinada opinião é que estão pensando no futuro do Avaí e que os demais estariam 'votando como chapa'. Até porque, se esses termos forem levados em consideração, seria possível afirmar que o grupo político que comandou a atual diretoria não pensou no futuro do clube quando aprovou o orçamento de 2025, por exemplo. A eleição acabou. Ninguém é mais ou menos avaiano por votar de forma X ou Y. Respeito às divergências sem recorrer a espantalhos é fundamental".

 

Recebi e endosso as palavras de Victor Della Giustina Gaspodini, torcedor do Avaí desde que nasceu e atualmente conselheiro do clube.

Saudações AvAiAnAs!