PARA O CORAÇÃO DO FERNANDES, by Roberto Costa
Da minha roda de amigos constam diversos torcedores barbyes, e
deles tenho ouvido, sobre o tratamento que o clube deles vem dando ao
jogador Fernandes, a seguinte frase que pretendem definitiva: "O
tombense não é uma entidade de amparo, acabou o contrato, deu pra bola."
É evidente, que o torcedor é o clube, que ele dá o coração pelo
clube, tudo ele há de explicar da melhor maneira para o clube. Mas no
fundo, acho que eles gostariam que o desenlace tivesse contornos mais
suaves. Por doze anos mantiveram uma verdadeira relação de amor com o
atleta, mas agora não querem admitir que é áspera a separação que se
processa entre clube e jogador. É a psicologia de todo torcedor, o clube
em primeiro lugar.
Mas não há como disfarçar, que desde uns dois anos o atleta deixou
de interessar aos diretores, que as últimas renovações, sempre aquém das
expectativas do Fernandes, concretizaram-se mais por pressão da
torcida, ou por temor a essa pressão. Assim, o jogador, exemplo
incontestável de profissionalismo e, segundo sempre se soube, pessoa de
boa índole, baixou da condição de ídolo, para a condição de pedra no
sapato de diretores frios, essencialmente pragmáticos.
É claro, que clube algum é entidade de amparo, mas nem tanto ao
mar, nem tanto à terra. Uma qualquer solenidade, uma demonstração
pública de carinho, ainda que singela, pelo reconhecimento desses doze
anos de amor ao clube não seria onerosa, se fazia necessária, e faria um
bem inestimável ao coração do belo profissional Fernandes.
* Roberto Costa é associado do Avaí Futebol Clube
1 Comentário:
Concordo. Perderam uma ótima oportunidade de fazer o bem e atrair a simpatia do povo.
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