segunda-feira, 4 de julho de 2022

UMA QUESTÃO DE ESPAÇO, by RC

Por que o Avaí perdeu? Claro, por mais de uma razão, mas a principal recai sobre os ombros do treinador Barroca. Acho que começou a perder o jogo no bom desempenho do time contra o Palmeiras. Talvez inadvertidamente não se apercebeu de que passou a raciocinar com um misto de empolgação a mil. Conseguira segurar o líder, a próxima vítima seria "apenas" o Cuiabá, da zona de rebaixamento...

 

Então entrou de sangue doce. E o Cuiabá já nos primeiros 20 minutos chegou algumas vezes em contra-ataques, com perigo.

 

O Avaí buscou impor intensidade, Bruno Silva fazendo coberturas até rente às laterais, mas apesar da intensidade muitos erros de passe no primeiro tempo. Vários sustos impôs o Cuiabá ao torcedor e era o time mais consciente. O gol do Avaí, aos 29 do primeiro tempo não refletia o que era o jogo.

 

Defendo que após estabelecer a vantagem no marcador o Avaí deveria ter adotado estratégia mais cautelosa, pois as evidências todas indicavam que o Cuiabá iria sair pro jogo e mostrava condições técnicas para isso. Na zona de rebaixamento, só lhe restava sair para o tudo ou nada. Mas o Avaí manteve-se no ataque, apesar dos sustos e constantes atropelos em sua defesa. A sabedoria da humildade foi o que faltou ao Barroca, recolher-se mais atrás, chamar o adversário e aplicar-lhe o próprio veneno que nos vinha impondo. Aliás, o forte do Copete, jogador que entrou, é a velocidade, só joga se tiver espaço. Não havia espaço, Copete não jogou. Foi tudo uma questão de espaço. Barroca, ele mesmo, logo no início de sua entrevista pós jogo fez referência a espaço. Foi o que concedeu ao adversário e foi o que não teve para conseguir sequer o empate. O treinador do Cuiabá, é da escola de treinadores de Portugal, que está fazendo sucesso pelo mundo afora...

 

No gol do Valdívia repetiu-se a dormência pós vestiário, totalmente livre para pegar a sobra, ajeitar e guardar. É preciso, em bolas paradas, alguém dentro de campo estar determinado a orientar a marcação, um zagueiro líder.

 

Acho que a bola que o goleiro Douglas espalmou para a frente no primeiro gol do Cuiabá poderia ser neutralizada com um tapinha de baixo para cima. Ela sairia por sobre o travessão. Douglas está devendo. Pensei que Vladimir ganharia a posição, pelos bons jogos que fez. 


Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: Laysa Silva / Avaí FC


3 Comentários:

Roberto disse...

Acho que o Pottker é de grande importância no time, pela raça, pela velocidade. Preocupa muito as defesas adversárias. Fez muita falta no jogo de ontem. - RC

Carlos avaiano disse...

Temos muitas cobranças a fazer.
Do técnico que erra em esperar demais para mexer ou não usa todas as cinco substituições
Das falhas da zaga inteira, e tem uma que não está sendo cobrada e passa batida que é a brincadeira dentro da área adversária querendo fazer gol de placa ou gol de efeito,e com isso já foram desperdiçados pontos preciosos.
Aí após perderem o gol fazem aquela cara de paisagem e se descabelam.
E ontem se repetiu né seu Muriqui, e crianças saíram do estádio desconsoladas.

Serjao disse...

Perfeita sua observação. Só discordo que faltou espaços para Copete. O que está faltando a ele é respeito com o torcedor, pois não é só nesse jogo que ele não acrescentou nada ao time. Isso vem ocorrendo desde que renovou e ontem voltou a se esconder do jogo. Copete como outros que entraram em campo e nada produziram desrespeitaram quase 15 mil torcedores. Pior, milhares de crianças e seus avós. Quando vejo crianças vendo o time jogar tão mal e jogador diferenciado se escondendo do jogo, isso me deixa revoltado.

Se Copete não quer jogar que tenha dignidade de arranjar clube e cair fora, pois a cada dia que passa caia sua moral perante uma torcida que tanto o admirou. E Douglas, que fase, hein? Bolas chutadas ao gol, está deixando passar todas. Mesmo com Raniele lá atrás, a zaga continua batendo cabeça. Zaga fraquissima. Não ganha uma bola pelo alto.

Outra coisa. Quando jogadores e dirigentes chamarem o público para o estádio que jogue com respeito ao torcedor como fez Bruno Silva, um guerreiro em campo, não como Copete e Gustavo, Dentinho que não tocaram na bola.

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