sexta-feira, 7 de outubro de 2022

AVAÍ NÃO PRIORIZOU O ESSENCIAL, by RC

Tem gente da imprensa catarinense que ousou dizer que o Avaí fez um primeiro tempo competitivo. O Avaí faz tempo que não faz nada competitivo.

Os gols tomados são sempre resultados das próprias deficiências. Bolas altas sobre a área, desatenção nos retornos para o segundo tempo, ontem de novo. Com raras exceções, o time em termos de qualidade técnica é medíocre e é sofrível em termos de preparação física. A dinâmica de jogo é lenta, e piorou com a troca de técnicos. Até um treinador das equipes de base poderia substituir melhor o Barroca, pelo bom conhecimento do plantel. 

 

Ontem, contra o Botafogo, pra fazer um gol foi preciso um lance fortuito, um pênalti meio estranho, cujo fundamento é difícil de justificar. A bola roçou levemente na mão do defensor, está em apoio sobre o chão. O adversário levou vantagem, cruzou para a área, ou seja realizou o lance e o pênalti foi assinalado minutos após pelo VAR. Fosse contra o Avaí estaríamos protestando. De resto, lance algum foi criado com ameaça de gol contra o Botafogo, não se ouviu sussurro algum da torcida por emoção em jogada de quase gol. 

 

Futebol pobre, totalmente sem vida o nosso e, vale lembrar, décadas irão passar antes que de novo tenhamos uma série A com tanta sorte na ocorrência de pênaltis a favor. Dez, se não me falha a memória. Estaríamos já na lanterna, não fosse essa rara providência dos céus. Isso confirma a condição de indigência técnica da equipe. Mas a lanterna está a caminho e será nossa sina, a partir de agora, a luta por evitá-la.

 

Não se concebe atitudes como a que levou à contratação do atacante Guerrero. Foi força de empresário. Estava fora de forma, certamente parado e contratou-se simplesmente pela fama. Não sei o quanto custou, mas possivelmente poderíamos ter trazido alguém mais jovem por bem menos e com energia, disposição, produção. Dinheiro jogado fora. A manutenção do Getúlio teria rendido muito mais por um custo muito menor. Liberamos os atletas que estavam bem, ou seja, enfraquecemos a equipe. Salvo melhor juízo, o Avaí não priorizou o essencial, a permanência na série A, o sonho possível do seu torcedor.


* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: André Tarnowsky Filho

 

4 Comentários:

Roberto disse...

O que houve com Morato? Era um jogador até estratégico no ataque, segurava a bola, raciocinava. De repente sumiu. Foi dispensado? Não tem como "amarrar" melhor os jogadores no contrato? Arma-se um time e na hora em que mais o "bicho pega" fica-se sem um jogador importante, aí pega-se um com prazo de garantia vencido, mas remunerado pelo seu passado de craque. Resultado, vexame de quem contrata, vexame do jogador dentro de campo. Haja grana! RC.

Raniere disse...

A minha preocupação é com relação a normalidade e passividade com que a incompetência se estabeleceu no Avaí. Erros, erros e mais erros. Para acertar uma tem que errar uma centena. Assim fica difícil.

Gustavo Beck disse...

Todo o esforço da torcida em se associar para ajudar o clube não está sendo retribuído pelo time, depois reclamam que a torcida abandona o clube, será por que né??

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