AVAÍ NÃO PRIORIZOU O ESSENCIAL, by RC
Tem gente da imprensa catarinense que ousou dizer
que o Avaí fez um primeiro tempo competitivo. O Avaí faz tempo que não faz nada
competitivo.
Os gols tomados são sempre resultados
das próprias deficiências. Bolas altas sobre a área, desatenção nos retornos
para o segundo tempo, ontem de novo. Com raras exceções, o time em termos
de qualidade técnica é medíocre e é sofrível em termos de preparação física. A
dinâmica de jogo é lenta, e piorou com a troca de técnicos. Até um
treinador das equipes de base poderia substituir melhor o Barroca, pelo bom
conhecimento do plantel.
Ontem, contra o Botafogo, pra fazer
um gol foi preciso um lance fortuito, um pênalti meio estranho, cujo fundamento
é difícil de justificar. A bola roçou levemente na mão do defensor, está
em apoio sobre o chão. O adversário levou vantagem, cruzou para a área, ou seja
realizou o lance e o pênalti foi assinalado minutos após pelo VAR. Fosse
contra o Avaí estaríamos protestando. De resto, lance algum foi criado com
ameaça de gol contra o Botafogo, não se ouviu sussurro algum da torcida
por emoção em jogada de quase gol.
Futebol pobre, totalmente sem vida o
nosso e, vale lembrar, décadas irão passar antes que de novo tenhamos uma série
A com tanta sorte na ocorrência de pênaltis a favor. Dez, se não me falha
a memória. Estaríamos já na lanterna, não fosse essa rara providência dos céus.
Isso confirma a condição de indigência técnica da equipe. Mas a lanterna
está a caminho e será nossa sina, a partir de agora, a luta por evitá-la.
Não se concebe atitudes como a que levou à contratação do atacante Guerrero. Foi força de empresário. Estava fora de forma, certamente parado e contratou-se simplesmente pela fama. Não sei o quanto custou, mas possivelmente poderíamos ter trazido alguém mais jovem por bem menos e com energia, disposição, produção. Dinheiro jogado fora. A manutenção do Getúlio teria rendido muito mais por um custo muito menor. Liberamos os atletas que estavam bem, ou seja, enfraquecemos a equipe. Salvo melhor juízo, o Avaí não priorizou o essencial, a permanência na série A, o sonho possível do seu torcedor.
* Roberto Costa, o "RC", é associado do Avaí FC. Foto: André Tarnowsky Filho
O que houve com Morato? Era um jogador até estratégico no ataque, segurava a bola, raciocinava. De repente sumiu. Foi dispensado? Não tem como "amarrar" melhor os jogadores no contrato? Arma-se um time e na hora em que mais o "bicho pega" fica-se sem um jogador importante, aí pega-se um com prazo de garantia vencido, mas remunerado pelo seu passado de craque. Resultado, vexame de quem contrata, vexame do jogador dentro de campo. Haja grana! RC.
Com a palavra o presidente...
A minha preocupação é com relação a normalidade e passividade com que a incompetência se estabeleceu no Avaí. Erros, erros e mais erros. Para acertar uma tem que errar uma centena. Assim fica difícil.
Todo o esforço da torcida em se associar para ajudar o clube não está sendo retribuído pelo time, depois reclamam que a torcida abandona o clube, será por que né??
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