NOITE FELIZ, by RC

Os torcedores, aqueles que marcaram encontro com o Avaí ontem à noite na Ressacada não perderam a viagem. Encontraram o Avaí, o verdadeiro, o time da raça, o Leão da Ilha, o mais vezes Campeão, que venceu o América Mineiro por três a zero, um dos grandes nesta série B de 2025.

 

Foi uma noite feliz, foi uma resposta dada em campo pelos atletas a nós torcedores, porque cobramos sempre e é nossa obrigação fazê-lo, é bom que se diga. E cobrar é nossa forma de jogar juntos.

 

Foi uma noite feliz, porque além da vitória, dos pontos ganhos, dos três gols sobre uma equipe forte, assumimos a ponta da tabela invictos e assistimos a um belíssimo jogo de futebol, com lances sensacionais nas duas áreas, tal o equilíbrio entre os dois times. O diferencial foi que o nosso Leão soube aproveitar melhor as chances que criou, e nosso goleiro Igor Bohn esteve em noite de gala, predominando dentro da área em vários momentos críticos.

 

Aos 32 minutos de jogo o Avaí fez seu primeiro gol aproveitando indecisão da zaga adversária. A bola sobrou para o jovem Jotapê, que tocou para as redes, o goleiro já vencido no lance. O segundo gol originou-se de cobrança de falta pela esquerda, próxima à lateral da área, com pouco ângulo. Railan cobrou bem, tocando para o gol, quando todos esperavam um cruzamento sobre a área. A bola entrou rente ao poste, ganhando o fundo das redes. Já o terceiro aconteceu por conta de Gaspar, driblando dois adversários pela direita, e tocando entre o goleiro e a trave.

 

Falei em texto anterior que algo parecia estar tomando forma lá pelos lados do aeroporto. Depois desse jogo uma quase certeza nos assalta. Jair Ventura pode ter achado a fórmula, talvez o treinamento em dois períodos, que ele adotou e a turma está correndo melhor e, claro, a sua experiência profissional, a sua sistemática de jogo.

 

Tenho observado o futebol do jogador Alef Manga. Parece-me um atleta de futuro, com um físico privilegiado para a função que abraçou no futebol, mas precisa raciocinar um pouco mais com espírito coletivo. Avançou livre com a bola dominada e à frente da área chutou em cima do goleiro, quando um companheiro corria livre pela direita e, se lançado, faria o gol com a meta totalmente desprotegida.

* Roberto Costa é associado do Avaí FC